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Enviada em: 27/04/2018

Desde os primórdios do Brasil Colônia o tráfico de pessoas é um processo persistente, lucrativo e desumano. É inegável que, mesmo após mais de 150 anos da abolição da escravatura, tal problemática ainda é presente na sociedade contemporânea. Indubitavelmente, a busca frenética pelo poder aquisitivo elevado, a conquista de bens e uma vida estável e confortável, levam o ser humano a ter atitudes desprezíveis, se aproveitando de pessoas que almejam apenas uma vida sem miséria. O tráfico de pessoas ainda é recorrente no mundo todo, devido a ingenuidade das vítimas, bem como fiscalização insuficiente por parte das autoridades. Dessa forma, tal questão não é impossível de ser resolvida.        Segundo Stephen King, um dos maiores e mais conhecidos escritor norte-americano, a confiança do ingênuo é a arma mais útil do mentiroso, e é se aproveitando desse artifício que contrabandistas criam um número cada vez maior de vítimas no tráfico. Por meio de propostas tentadoras a cerca de uma melhoria significante de vida, capturam milhares de pessoas todos os anos e as levam para o mundo da prostituição, da venda clandestina de órgãos e do trabalho forçado em condições insalubres. Visto que, o objeto de trabalho foi adquirido sem custo algum e o trabalho que será realizado não é remunerado, o tráfico de pessoas torna-se um empreendimento brilhante para traficantes que são tomados pelo egoísmo e individualismo humano.        De acordo com Jean Jacques Rousseau, é necessária a existência do contrato social para que o Estado garanta a segurança do povo e coíba atos que rompam com a harmonia social. Tal contrato pode ser entendido na sociedade atual como as leis democráticas, e por meio delas o Estado tem a função máxima de assegurar o respeito aos direitos de todos os cidadãos, principalmente o direito à liberdade. Uma vez que a fiscalização do cumprimento dos direitos são falhas, todo o sistema deixa de funcionar perfeitamente, criando desequilíbrios que prejudicam a todos.         Diante dessa perspectiva, é inegável que o tráfico de pessoas no mundo é um grande problema, mas que pode ser solucionado. Para isso, cabe a Secretaria de Direitos Humanos aliada à ONU, a diminuição no número de vítimas que são enganadas por falsas propostas, por meio da criação e ampla divulgação dos perigos a cerca de ótimas propostas de trabalho no exterior, alertando a população sobre como identificar um possível caso e oferecendo todo o suporte necessário, a fim de reduzir as taxas de tráfico. Ademais, compete ao Poder Judiciário, o asseguramento da fiscalização devida em portos e aeroportos, impedindo que as vítimas sejam levadas para o exterior, onde o resgate será mais difícil. Dessa forma, atinge-se o ideal iluminista: o engajamento político e social gera um mundo melhor.