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Enviada em: 28/04/2018

Considerado um dos principais sociólogos modernistas, Emile Durkheim, comparava a sociedade atual a um “corpo biológico” por ser, assim como esse, composta por partes que interagem entre si. Desse modo, para que este organismo esteja em equilíbrio, torna-se necessário que todos os direitos dos cidadãos sejam garantidos. Entretanto, quando se observa o sombrio caminho do trafico humano, percebe-se que há um desiquilíbrio. Logo, surge a problemática da exploração humana, seja por uma passividade governamental, seja por um lenta mudança de atitude social.    Em primeira análise, vale ressaltar que a questão Constitucional está intrinsecamente ligada ao problema. Conforme Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, pela justiça, o equilíbrio seja alcançado. De maneira análoga, a ausência de leis que determinem maior fiscalização nas condições de trabalho, quebram essa harmonia aristotélica. Embora se saiba que, segundo a ONU, o tráfico humano renda bilhões de dólares/ano - sendo 98% das vítimas mulheres e crianças- e que o principal destino seja a exploração sexual e trabalho escravo, a falta de fiscalização em locais de alto índice como casas de prostituição, produtoras de carvão, ...,levam à impunidade. Outrossim, a ignorância dos mais pobres em relação à prática do aliciamento, fomenta o crime.    Ademais, percebe-se que o problema está longe de ser resolvido. Desde a colonização, seguido dos indígenas, os negros eram considerados inferiores e suas más condições de vida facilitavam a submissão à exploração. Contudo, atualmente, segundo o jornal "O Globo", pessoa em condições similares, principalmente em Minas Gerais, Paraná E Amazonas, tornam-se vitimas dos aliciadores. Nesse âmbito, baseado na teoria machadiana, no qual o homem é um ser sem virtude, adiciona-se aos fatores supracitados caracteres inatos, logo, atemporais e tendentes à permanência.    Portanto, para que o “corpo biológico” se sustente, medidas devem ser tomadas. Cabe ao governo, na figura do Ministério do Trabalho criar leis que  intensifique a fiscalização em locais com alto índice de exploração humana, afim de punir os criminosos e criar projetos apara reinserir as vitimas na sociedade, por meio de ações sociais, emprego e tratamento psicológico. A mídia deve, por meio de incentivo público, veicular por telenovelas, seriados e propagandas a a maneira como agem os aliciadores, com o objetivo de prevenção; além de divulgar o DDR (Discagem Direito Humanos -100) facilitando e incentivando denuncias da população. A escola deverá, em parceria com o MEC, criar palestras para pais de alunos, do ensino fundamental ao médio, por psicólogos, com o objetivo de explicar o que é o tráfico humano e alertar quanto aos mecanismos aliciadores, como também nos perigos desses em redes sociais.