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Enviada em: 30/04/2018

Com o surgimento da terceira Revolução Industrial, o avanço da tecnologia possibilitou à chegada da internet e a ampliação das formas de comunicação, as quais facilitaram o aumento de práticas ilegais, favorecendo a flexibilidade de ações criminosas e o tráfico de pessoas. Logo, é fundamental a adoção de meios que amenizem essa situação, uma vez que, a expansão da atividade lucrativa e a persuasão das vítimas, contribuem para a permanência desse comércio.  O tráfico humano pode ser definido como ações feitas de formas ilícitas, na qual o indivíduo é recrutado, transportado e ameaçado, contribuindo por meio da exploração, a fins lucrativos. Durante os anos de 2012 e 2013, a rede Globo, exibiu por meio da novela “Salve Jorge”, a realidade de jovens que são exportadas e utilizadas sexualmente. Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), essa ação clandestina, em 2017, foi responsável pela escravidão de 40,3 milhões de pessoas, sendo 98% mulheres e crianças. Surpreendentemente, o maior objetivo dessa atividade é a prática de sexo, que, por consequência, desempenha um papel importante na propagação do HIV. Além disso, o trabalho doméstico forçado, o tráfico de drogas e a retirada de órgãos ou tecidos (mercado negro), são estruturas que contribuem para a formação desse corpo, o terceiro mais rentável, segundo a OIT. Diante condições precárias, famílias desesperadas e empobrecidas são facilmente exploradas, tornando-se alvos de traficantes que, utilizam essa realidade como forma de subordinação e ameaça, mantendo-as em situação de cárcere. Outro fator que ilustra esse cenário é a instigação. Não é por acaso que as principais vítimas são crianças. Além de serem inocentes e vulneráveis, seu valor aquisitivo é mais alto, são facilmente atacadas por telefone e pela internet, esta ganhando destaque pela utilização das redes sociais, elemento cada vez mais presente no nosso dia a dia, e quando mal utilizado, responsável pela grande exposição de informações. Por conseguinte, são fundamentais as tentativas de combate ao tráfico humano. A princípio, pais devem alertar mais seus filhos sobre o conteúdo exposto na internet. O governo, juntamente com órgãos de proteção, deve aumentar o nível de fiscalização nas fronteiras, buscando uma queda na demanda de traficados. Ademais, órgãos responsáveis pela educação em parceria com a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), devem introduzir em ambientes educacionais, palestras e debates alertando sobre o crescimento do tráfico e  meios preventivos. Contudo, os mesmos devem criar programas de proteção e clínicas de reabilitação para resgatados, para que estas façam tratamentos psicológicos na tentativa de amenização do trauma criado.