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Enviada em: 29/04/2018

O filósofo moderno John Locke é um contratualista e jusnaturalista que defende a tese de que todo cidadão tem o direito à vida e à liberdade. Todavia, o Brasil contemporâneo vivencia intensa atividade do tráfico humano, o que torna essa problemática um impasse a ser debatido. Nesse contexto, deve-se analisar como a desigualdade econômica e a herança histórico cultural têm sido alicerces dessa comum problemática no contexto sociocultural do país.     Nesse prisma, é possível afirmar que a atividade exploratória é uma questão enraizada na história brasileira, tendo como marco inicial a colonização. O homem mau por natureza, segundo Thomas Hobbes, viu, desde os primórdios, o tráfico de pessoas um mecanismo de enriquecimento. Isto é,o contrabando de indivíduos movimenta, atualmente, cerca de 32 bilhões de dólares em todo o mundo, sendo considerada a terceira atividade ilegal mais lucrativa, assim como o tráfico negreiro no século XVI.     Além disso, nota-se, que a desigualdade econômica também é responsável pela manutenção desse impasse. Isso acontece porque, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o Brasil apresentou no ano de 2017, a maior taxa de desemprego desde 2012. Em decorrência disso, muitas pessoas são ludibriadas por criminosos que oferecem empregos com alta remuneração e propostas irrecusáveis.     Torna-se evidente, portanto, que a questão do tráfico de pessoas deve ser analisada e contida. Em razão disso, o Ministério da Educação, em parceria com as escolas, devem realizar palestras e debates em instituições públicas e privadas. Essa didática tem por objetivo orientar e instruir os futuros cidadãos sobre o tráfico de pessoas na contemporaneidade. Ademais,o Ministério do Trabalho juntamente com ONG's devem realizar campanhas que visem proporcionar aos desempregados a reinserção no mercado para lhes dar mais visibilidade junto dos empregadores e assim, minimizar o tráfico humano. Dessa forma, o Brasil poderá enterrar seu passado exploratório e caminhar frente ao progresso.