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Enviada em: 29/04/2018

Não é raro encontrar, atualmente, notícias que envolvam o tráfico de pessoas. Nesse sentido, nota-se o comércio humano como um problema desde os séculos anteriores, como no caso do tráfico negreiro, que se intensificou, no Brasil, no período colonial. Porém, mesmo após a abolição da escravatura, em 1888, o contrabando humano permanece até o século atual. Diante disso, observa-se, entre outros fatores, a situação socioeconômica das vítimas e a facilidade de acesso em outros países após a globalização, como as principais causas que levam as pessoas a embarcarem para outras nações.       Em primeiro plano, ressalta-se a vulnerabilidade socioeconômica como uma das principais razões que levam as pessoas a buscarem a melhoria em outra nacionalidade. Desse modo, evidencia-se, a facilidade dos integrantes das máfias em fazer cada vez mais vítimas, oferecendo melhores condições de vida, que seriam difíceis de conquistar em seu país de origem. Porém, ao serem levadas para outras localidades, além de terem seus documentos confiscados são obrigados a realizar trabalho escravo e até mesmo a prostituição, em muitos casos, um grande exemplo disso foi a novela "Salve Jorge", transmitida em 2012, que narrava o drama de uma brasileira enviada à Turquia com promessas de trabalho e obrigada a se prostituir. Como efeito disso, vítimas são diariamente contrabandeadas para outros países.       Paralelo a isso, soma-se a globalização como um facilitador dessa prática. Nessa perspectiva, ressalta-se a maior incomplexidade na transição de pessoas entre os países, principalmente após a criação dos blocos econômicos com mercado comum, como o Mercosul. Além disso, as correntes migratórias são um grande aliado do tráfico de indivíduos, como por exemplo, os bolivianos no Brasil, que são escravizados, principalmente em oficinas de costura. Como consequência, o tráfico de pessoas se torna cada vez mais difícil de ser combatido.       Fica claro, dessa forma, que o comércio ilegal de pessoas é um problema que deve ser reprovado mundialmente. Assim, é imprescindível que os centros educacionais, juntamente às mídias, oriente, através de palestras, novelas, seriados e documentários, principalmente nos locais mais carentes, com a função de mostrar a verdadeira atividade escondida atrás das promessas de desenvolvimento, a fim de minimizar essa prática. Além disso, torna-se necessário que o governo de cada país crie métodos para o acompanhamento desses imigrantes, com o objetivo de fiscalizar os locais de trabalho, como por exemplo, verificando as documentações e condições de emprego, como salários e carga horária adequados, para que seja possível garantir os direitos humanos de todos os cidadãos.