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Enviada em: 30/04/2018

Ruptura com a história        Em 1850, foi criada a Lei Eusébio de Queiroz, no Brasil, que proibia o tráfico de escravos da África para o país. Entretanto, mesmo com as diversas modificações legislativas ao longo da história, e do avanço dos direitos humanos, o tráfico de pessoas ainda é uma prática recorrente na sociedade, principalmente, para fins de exploração laboral e sexual, por meio do aliciamento, o qual se junta à falta de conhecimento e à necessidades das vítimas. Dessa forma, analisa-se que as “fake news”, em redes sociais, e a falta de engajamento social para denunciar contribuem para a persistência dessa problemática.        Mormente, observa-se que as notícias nas redes sociais são usadas como uma ferramenta para aliciar pessoas mediante propostas irrecusáveis, às quais oferecem exatamente o que o público alvo necessita. Tal ato pode ser compreendido através do escândalo envolvendo a atriz Allison Mack, acusada de tráfico sexual, que usava a internet para atrair os indivíduos. Em face a isto, fica claro que a modernidade junto à falta de controle legislativo e governamental nas redes são agravantes para uma situação caótica e hedionda, que precisa de intervenção imediata.        Outrossim, é de suma importância atentar-se à falta de denúncias da sociedade, uma vez que este hábito dificulta a realização de investigações e operações acerca desse crime, minimizando o poder do Ministério Público de exercer suas funções de forma plena e adjacente à Constituição Federal e aos Direitos Humanos, o qual proíbe o constrangimento, a escravidão e a tortura. Em virtude disso, é imprescindível que a população perca as ressalvas e passe a contribuir com os órgãos competentes, de forma cidadã, no combate a atos abomináveis, como o tráfico humano.        Logo, fica exposto que o tráfico de pessoas é um crime antagônico à inalienabilidade da dignidade humana e deve, portanto, ser combatido. Tal feito se dará por meio de uma nova legislação, feita pelo Poder Legislativo junto ao Ministério das Comunicações, que deverá minimizar a liberdade na internet, para que seja dificultada a disseminação de fake news e, assim, proteger cidadãos vulneráveis de tamanha crueldade. Somado a isso, é necessária uma doutrinação da civilização, através de propagandas obrigatórias que exponham a necessidade e importância das denúncias, feitas pelo Disque 100, o que se dará por intermédio da secretaria de comunicações do Ministério da Justiça. Feito isso, a nação brasileira avançará em direção a um futuro onde não haja laços com abomináveis atitudes do passado.