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Enviada em: 30/04/2018

A novela Salve Jorge, em 2012 retratou de forma fiel para a televisão o tráfico de pessoas. A questão, no entanto, é mais real do que imaginamos e principalmente relaciona-se com o tráfico sexual, em sua maioria, de mulheres, crianças e adolescentes. A problemática tornou-se o terceiro maior mercado ilegal do mundo, atrás apenas do tráfico de armas e drogas e, conclama para que atentemos a essa mazela universal. Desde a república romana, onde já se haviam relatos da comercialização de pessoas até os casos do tráfico negreiro em nossa nação durante os quase quatro primeiros séculos pós colonização, o tráfico de pessoas não está derrotado em nossa sociedade contemporânea e a discussão a respeito de que maneira podemos combate-lo é essencial.        As redes sociais tornaram-se grandes emboscadas, permitindo que aliciadores aproximem-se de pessoas, que em grande parte são de situações financeiras delicadas, oferecendo a elas oportunidades de vida melhores, como modelos, dançarinas ou como qualquer outro emprego. Entretanto, a falsa expectativa é quebrada assim que as vítimas compreendem que não se tratam de trabalhos dignos e sim de atividades exploratórias e na maior parte, estão ligadas com o tráfico sexual também. São desde jovens até crianças que sofrem com os mais diversos tipos de violências e acabam por serem marcados em suas vidas grandes traumas físicos e psicológicos.       É necessário abordar o fato de que não se tem tantos números exatos e denúncias a respeito de tal crime, porque muitas vezes o medo de fugir, ameaças contra a própria pessoa ou familiares, ou da delação dos criminosos impedem o combate ao tráfico. Vale frisar também, a diferença entre o tráfico de pessoas e o contrabando de imigrantes. Neste, há o conhecimento ou mesmo o consentimento da vítima e acaba assim que a pessoa chega ao destino, em maioria em outros países; enquanto aquele, o consentimento é irrelevante e a exploração tem como objetivo a obtenção de lucro e/ou benefício dentro do próprio país ou fora.           Convém então, que políticas públicas que visem o alertamento das pessoas sejam desenvolvidas pelos Ministérios da Educação e da Saúde. Alinhados a eles, é de suma importância que todas as pessoas estejam atentas quanto às suas informações pessoais que são divulgadas na internet. Além disso, as próprias redes de relacionamentos podem vir a participar mais ativamente do combate ao tráfico de pessoas com o desenvolvimento de funções que possibilitem a exclusão imediata e denuncia direta aos portais de criminação de perfis com qualquer cunho criminoso. Dessa forma, gradativamente poderemos diminuir os altos números infelizes de tráfico de pessoas.