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Enviada em: 03/05/2018

Na Idade Média, os camponeses eram escravos da terra e eram explorados pelos senhores feudais, pois naquela época não existiam os direitos humanos. Todavia, a exploração humana perpetua-se na atualidade em outros moldes, por exemplo, o tráfico de pessoas, o qual força as vítimas a subterrem a sua força de trabalho, ferindo, assim, os princípios da dignidade da pessoa humana. Diante disso, é fundamental analisarmos como a migração e a falta de fiscalização dificultam o combate dessa problemática.      Nesse contexto, a migração aumenta os índices de tráfico humano. Visto que, as dificuldades econômicas dos países pobres criam um fluxo migratório desordenado, propício para que os traficantes enganem as vítimas, as quais anseiam em encontrar estabilidade como estrangeiros e acabam ficando vulnerareis. Segundo estudos feitos pela Organização Mundial do Trabalho, as rotas do tráfico são as mesmas com maiores índices de pobreza, evidenciando que os aliciadores aproveitam o estado de mendicância das vítimas para propor empregos subalternos, por exemplo, prostituição ou domésticos. Por consequência disso, o combate a essa prática deve ser amplo, pois deve-se lutar também contra a pobreza e a desigualdade social.       Atrelado a migração, nota-se, ainda, que a falta de fiscalização dos países considerados de transição contribuí para o tráfico humano. Isso porque, os países que geralmente têm fronteira seca, nos quais a fiscalização é precária, como no Brasil, facilitam o transporte e hospedagem dos agentes e das pessoas que foram raptadas para fins de exploração. O relatório ONG Fórum da Amazônia Oriental  revela que a passagem no Brasil é feita principalmente pela Amazônia, movimentando milhões de dólares e sendo o terceiro maior tráfico no país. Não é a toa, que, por falta de regulamentação de leis e eficácia das mesmas, cria-se uma zona em que o direito não opera, influenciando, assim, no aumento dessa prática que contraria a liberdade humana, que é tão importante para evitar opressão no nosso século.        Torna-se evidente, portanto, que, para combater o tráfico humano é necessário termos uma visão ampla dos fatores que influenciam no seu crescimento, como a migração e a fiscalização precária. Em razão disso, a prevenção é um das melhores iniciativas, assim, as mídias sociais e ONGs devem informar os melhores lugares de empregos nos países estrangeiros e endereços confiáveis por meio de anúncios nas televisões, na internet ou nos jornais. Ademais, a ONU deve criar um protocolo mais rígido de fiscalização das fronteiras, principalmente, a dos países pobres por meio de assessoramento da internet e de satélite,  para que seja identificado os contrabandistas, impedindo a sua ação.