Materiais:
Enviada em: 30/04/2018

No Brasil a escravidão foi abolida em 1888 pela Lei Áurea, um dos últimos países a criminalizar e proibir essa prática. No entanto, a referida lei não foi e não é garantia de que não hajam escravos. Para a ONU, o tráfico de pessoas para a escravidão movimenta anualmente 32 bilhões de dólares no mundo. Uma clara demonstração de que estamos longe de acabar com esse crime contra a humanidade.       Uma das maiores dificuldades no combate do tráfico humano está na vulnerabilidade social das vítimas. Os alvos são geralmente pessoas de baixa ou nenhuma escolaridade, moradores de locais historicamente violentos e sem oportunidade ou em situação de refugiados. Essas adversidades facilitam o aliciamento desses indivíduos que se deslumbram com as ofertas dos criminosos.       Após serem recrutados, comprados ou capturados, essas pessoas perdem a dignidade ao serem explorados das mais diversas formas. Em outro dado da Organização das Nações Unidas, 85% do total das pessoas traficadas é destinado à exploração sexual. E de acordo com a Organização Internacional do Trabalho, somente em 2017 foram 40,3 milhões de pessoas em estado de trabalho forçado. Além do crime contra leis internacionais, isso fere direitos mais profundos do ser humano, como a liberdade de ir e vir.       Dessa maneira é evidente a importância de se combater esse que é um dos mais desumanos dos crimes. A participação civil é imperativa para garantir que outro igual não seja tratado com tamanha crueldade. Além disso, órgãos governamentais como o Ministério do Trabalho deve facilitar a consulta e divulgação dos casos de escravidão e não dificultar como aconteceu recentemente. É importante também impedir ou dificultar o acesso a programas e ações do governo quem se encontrar em investigação. Entretanto, enquanto não houver a democratização de oportunidades e leis que alcancem a todos ainda existirão escravos.