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Enviada em: 03/05/2018

Investimentos estatais básicos permitem promover dignidade civil aos mais diversos grupos sociais. Entretanto, sendo contrário a um discurso verídico que em tese asseguraria essas chances, o índice do tráfico de seres humanos se mostra extremamente alto, o que se deve a negligência acadêmica estatal e ambiente escolar frequentemente frágil.       Quando o filósofo Immanuel Kant expõe sua máxima "O homem é aquilo que a educação faz dele", evidencia os entraves a que é submetido o indivíduo em um processo ao qual não é incluso. Desde a falta de profissionais capacitados a desenvolverem atividades interdisciplinares que alertem os alunos em relação ao panorama do tráfico de pessoas, a neutralidade em que o assunto é transmitido no ambiente escolar, dificulta a passagem de conhecimento necessário para a  formação do estudante , e assim limita-o academicamente com frequência.       Além dessa problemática, o Estado também possui sua parcela de culpa no tráfico de humanos. De fato, o governo estatal tem como uma de suas prioridades a de proporcionar ao indivíduo condições básicas para se ter uma vida digna. Porém, a falta de intervenções essenciais afim de garantirem dignidade civil a sociedade, faz com que a exploração pelo tráfico de pessoas aumente. Isso porque, a realidade protagonizada pelo cidadão em meio a uma sociedade desigual e exclusiva faz com que o homem busque no tráfico, uma forma errônea de ascensão social.        Nota-se portanto que a situação é grave e necessita de mudanças no campo estatal e educacional. Para isso, é necessário que o poder Legislativo mais o Ministério da Educação, agreguem ao sistema escolar programas sociais educativos, por meio de assembleias estudantis responsáveis por assegurar que cheguem ao aluno conhecimentos necessários capazes de alerta-lo quanto as consequências oriundas desse crime de escravidão contemporânea. Somente dessa forma o indivíduo será atingido de forma benéfica pela educação que lhe foi fornecida.