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Enviada em: 06/05/2018

No Brasil hodierno, o tráfico de pessoas é uma das atividades ilegais que mais tem se expandido no país e no mundo. Tal situação, não só desrespeita os seres humanos ao tratá-los como mercadorias ou ainda objetos, mas também se intensifica, sobretudo, nessa prática com fins de exploração sexual. Desse modo, a sociedade vive esse caos que, infelizmente, se agrava e, diante disso, precisa promover políticas públicas e eficazes a fim de conter esse conflituoso cenário.  Deve-se pontuar, de início, que o tráfico de seres humanos existe desde a Antiguidade Clássica, com o seu surgimento na Grécia e em Roma. Nesse contexto, o tráfico ocorria por dívida ou guerra, ou seja, os prisioneiros eram submetidos a condição de escravos e mantidos em circunstâncias humilhantes de trabalho forçado. Analogamente, hoje têm-se esse fato renascido por aliciadores que, dotados de grande capacidade persuasiva, oferecem, por exemplo, a inúmeros cidadãos propostas de emprego em diversos países com perspectivas de enriquecimento e de melhoria de vida. Contudo, é alarmante que, na maioria dos casos, essas pessoas chegando ao destino, tenham o passaporte subtraído e passem a enfrentar uma realidade subumana, pautada na submissão a trabalhos forçados, na realização de práticas sexuais e no exercício de atividades em ambientes insalubres. Em síntese, é preciso observar essa realidade não apenas como promotora de uma escravidão moderna, a qual necessita de uma intervenção imediata, mas também, como limitadora dos direitos dos trabalhadores, a exemplo da liberdade de ir e vir, e além disso que desconfigura, de maneira retrógrada, a dignidade humana.  Ademais, segundo a Organização das Nações Unidas, o tráfico de pessoas para fins de exploração sexual é o mais lucrativo. Dessa forma, muitas organizações criminosas munidas ainda da vulnerabilidade da vítima, quer seja por condições sociais ou discriminação de gênero, por exemplo, investem nesta prática criminosa formando complexas redes de tráfico. Nesse particular, pode-se observar que a globalização contribuiu para o avanço do tráfico de pessoas, uma vez que ela aprofundou as diferenças sociais, ainda, com o avanço das redes sociais, esse crime tem aliciado muito mais pessoas, vítimas desse cenário.  É fulcral, portanto, o papel conjunto da mídia, redes sociais e da Organização Internacional de Migração para a prevenção ao tráfico de pessoas. Para tanto, as redes sociais e a mídia devem aumentar a conscientização da população sobre o problema, essa por meio de novelas, debates e jornais, já aquela através de uma melhor fiscalização e segurança na rede social. Além disso, as organizações internacionais devem colaborar entre si e fornecer informações a fim de mitigar essa situação. Por fim, O Governo do Estado deve criar políticas públicas objetivando o auxílio a pessoas em vulnerabilidade.