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Enviada em: 14/02/2018

É do conhecimento geral que ainda hoje exista tráfico de pessoas, prática que fere a dignidade humana e resulta em grandes lucros aos criminosos que a praticam. O combate a essa realidade é primordial para acabar com a exploração humana e garantir a isonomia de direitos civis. Entretanto, isso não é uma tarefa fácil devido a fatores sociais e à gênese da globalização, que é usada como veículo para a difusão do tráfico.     A temática de tráfico de seres humanos é histórica e recentemente foi abordada na telenovela da Rede Globo, Salve Jorge, em que a protagonista, pressionada por graves problemas financeiros, acreditou no convite para ser modelo e acabou como prostituta na Turquia. Fora da ficção essa história  acontece cotidianamente, motivado pela falta de oportunidade de emprego e pobreza. Os contrabandistas aproveitam a vulnerabilidade desses indivíduos e depois os submetem à condições piores do que antes.     Ademais, a globalização contribui com a expansão do tráfico de diversas formas. A primeira delas é o fato de ter evidenciado e acentuado as diferenças sociais, aumentando índices de desemprego e pobreza; já a segunda é pela facilidade na comunicação, promovida através das redes sociais. Juntas, essas causas colaboram com os traficantes, tornando o tráfico humano a terceira atividade mais rentável do mundo, ferindo os direitos à vida, às liberdade e à dignidade de milhões de cidadãos.     Destarte, é necessário que sejam tomadas atitudes para minimizar a situação até que seja possível combatê-la. Primeiramente, como já proposto pela OIM, as redes sociais devem ampliar seus filtros de segurança, afim de reconhecer possíveis atividades ilegais e emitir alertas para evitar que as pessoas caiam em golpes por ignorância. Além disso, o Departamento da Polícia Federal deve promover uma pesquisa mais rigorosa para a emissão de passaportes, afim de descobrir a real finalidade deste e garantir que esses emigrantes se dirijam a locais confiáveis. Dessa maneira, será possível diminuir essa realidade desumana e degradante.