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Enviada em: 26/07/2018

A partir do século XV, deu-se início às grandes proporções de tráfico humano, em que indivíduos eram trazidos do continente Africano em direção a outros países para fins de escravidão. Com a ilegalidade dessa prática e a chegada da Época Contemporânea, surgiu um novo tipo de tráfico de pessoas, relacionado a escravidão moderna, em que as vítimas são exploradas rapidamente, sem perceberem a barbárie a que são submetidas.      O processo inicia-se com cidadãos sendo indiciados a viajarem para outros locais com a promessa de empregos formais e de qualidade, mas ao chegarem ao destino são submetidos à violência física, trabalho compulsório, forçado e prostituição - sob a justificativa de que precisam quitar suas "dívidas de viagem" -, além de não possuírem meios de defesa, visto que, na maioria dos casos, migram de forma ilegal e não ficam com seus documentos; tornam-se, então, vítimas de seus traficantes. Nesse sentido, essas pessoas são tratadas como produtos a serem vendidos e usados - perdendo seus direitos civis, sem poderem circular livremente ou terem controle de seus corpos e suas vontades - , corroborando a frase de Karl Marx : no capitalismo, tudo é mercadoria.      A problemática encontra-se no fato de que as vítimas não sabem que podem denunciar aqueles que as traficam, além de terem medo de fazê-lo. Ademais, os governos falham em identificá-las, principalmente nos serviços de imigração, sendo coniventes com o tráfico justamente por não fazerem perguntas para os migrantes acerca de seus objetivos no país e se possuem condições para manterem-se financeiramente. Dessa maneira, os traficantes saem impunes e anônimos e continuam suas atividades criminosas. Um exemplo que mostra a realidade dessa escravidão moderna é a novela brasileira "Salve o Jorge", em que a personagem "Morena" vai à Turquia com a promessa de tornar-se modelo, mas ao chegar no destino é explorada sexualmente e ameaçada, não conseguindo fugir.      Portanto, mudanças devem ser feitas para haver o combate ao tráfico de pessoas. A começar, cabe à Organização Internacional para Migração promover propagandas, via TV e Internet, que expliquem o que é o tráfico humano, quais os direitos daqueles inseridos nessa situação, como eles devem procurar ajuda e como denunciar - mostrando dados que comprovem a situação de risco das vítimas e os perfis dos traficantes -, a fim de que os cidadãos tomem cuidado em suas escolhas profissionais e ajudem a combater via denuncias. Não obstante, cabe aos Governos Federais dos países promoverem melhorias no setor de imigração - ao adicionar profissionais que ensinem os métodos ideais para identificar uma pessoa explorada e como intervir -, a fim de que as vítimas sejam reconhecidas no início do processo de tráfico e os criminosos, reconhecidos e punidos. Assim, será possível combater o tráfico humano.