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Enviada em: 20/02/2018

A Globalização da Escravidão       Em meio à sociedade moderna na qual nos encontramos, é, de certa forma, até um pouco anacrônica a idéia de que a escravidão ainda exista. Embora as leis que proíbam a comercialização de pessoas tenham entrado em vigor em meados do século XIX, infelizmente não se pode dizer que tal prática foi erradicada, e seja pelo egoísmo intrínseco na sociedade, seja pela ineficácia de leis punitivas este problema ainda está longe de ser resolvido.       A falta de oportunidades de trabalho, crises econômicas e conflitos políticos criam pessoas vulneráveis, principalmente mulheres, que se tornam alvos fáceis para serem persuadidas por aliciadores de pessoas. Estes são os principais agentes do tráfico que se aproveitam da fragilidade humana para se beneficiarem financeiramente. Ademais, convém lembrar ainda que os aliciadores são apenas uma parte da rede, pois sempre há um líder encarregado pela movimentação de pessoas e os "compradores", que movidos pelo seu prazer (prostituição) ou ganância (mão de obra barata), movimentam este mercado bilionário.        Aliado a isso há ainda a questão da falta de policiamento e ineficácia de leis punitivas. A atuação policial deveria agir de forma mais eficaz para detecção de crimes e proteção à vítimas, lembrando que muitas vezes até mesmo agentes policiais acabam sendo corrompidos pela rede criminosa. Além disso há ainda a questão da deficiência no Sistema Judiciário que nem sempre consegue julgar todos os crimes cometidos.       Deste modo, é possível afirmar que enquanto houver demanda pela mão de obra escrava e as leis punitivas existentes não forem um fator impeditivo aos criminosos, o tráfico de pessoas existirá. É preciso que a policia receba um treinamento adequado a fim de garantir segurança e proteção às vítimas, e atuar com maior eficiência em investigações para detecção de criminosos. O Sistema Judiciário, por sua vez, deve fazer valer as leis já existentes e julgar o maior número de crimes possíveis.