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Enviada em: 26/02/2018

Com a Revolução Francesa do século XVIII, houve a formulação e difusão do lema: liberdade, igualdade e fraternidade. Apesar de decorridos séculos desde esse marco histórico, o tráfico de pessoas, que infringe os direitos humanos, ainda faz-se presente na atualidade, principalmente relacionado à exploração sexual. Nesse sentido, fatores de ordem histórica e social caracterizam a problemática.    É importante pontuar, de início, que durante um longo e recente período da colonização da América, houve um lucrativo e rentável comércio para os europeus: o tráfico negreiro. Essa prática, a qual gerou uma migração forçada de negros da África para outros continentes, repercute na sociedade atual que continua a explorar e a realizar o tráfico de seres humanos. Esse crime, geralmente, ocorre por meio das redes sociais a partir de falsas propostas, como possibilidade das vítimas se tornarem modelos famosos. Tal fator pode ser ratificado pela novela “Salve Jorge”, que trata a história de uma mulher que foi enganada com uma proposta de trabalho em outro país e foi traficada e obrigada a se prostituir.   Outrossim, a vulnerabilidade social de certos indivíduos somada à falta de informação dificulta o combate de tal crime. Devido ao fato de algumas pessoas se encontrarem em situações precárias de vida e sem expectativa de melhora muitas se tornam alvos fáceis e tendem a acreditar nos traficantes, até mesmo por falta de opção. Prova disso, é, infelizmente, a situação de alguns refugiados da Guerra da Síria que aceitam propostas de quaisquer pessoas para conseguir um barco para atravessar o Mediterrâneo com risco de vida.     É notória, portanto, a relevância de fatores de cunho histórico e social na temática supracitada. Nesse viés, cabe à ONU, como organização internacional, o papel de disponibilizar ajuda e abrigo para as pessoas que tentam fugir de guerras ou desastres ambientais, para que os traficantes de pessoas percam seu espaço. Tal medida pode ser efetivada por meio da construção de abrigos e estabelecimentos adequados para esse fim, além do envio de empresas próprias para o transporte hidroviário para atender os refugiados da Síria. Ademais, é fundamental que o governo, em parceria com a mídia, promova campanhas contra essa prática e informatize as pessoas acerca dos riscos de serem enganados e como identificar essas falsas propostas. Para isso, é necessária a utilização de anúncios e propagandas nos principais meios de comunicação. Por meio dessas medidas, talvez, será possível garantir o respeito aos direitos humanos e fazer jus a uma revolução atemporal.