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Enviada em: 03/03/2018

Tráfico de pessoas - na literatura científica - deve ser compreendido como um fenômeno social, que envolve, em muitos casos, a privação de liberdade, a exploração, o uso da violência. Avaliando essa questão como sendo um tanto sensível, torna-se fundamental a indignação com essa realidade, visto que constitui um desafio frente à integridade humana e às relações sociais.      Nesse sentido, cabe chamar a atenção dos cidadãos para este contexto: as motivações podem ser mais complexas do que a busca por melhores oportunidades de trabalho como, por exemplo, o desejo de conhecer novas culturas, o desejo de transformar o corpo, o casamento com um estrangeiro, ou a necessidade de sair de uma condição de violação de direitos. Diante dessa constatação, contrapõe-se, lastimavelmente, o que Jean Jacques Rousseau, eminente filósofo iluminista, chamava de "O soberano": o bem comum, por avistar nessa perspectiva malefícios coletivos. Desse modo, esses fatores atuam em fluxo contínuo e favorecem a formação de um problema público com dimensões cada vez maiores e preocupados.      Ainda nessa linha de reflexão, é importante destacar as consequências dessa problemática: segundo a Organização das Nações Unidas, o tráfico de pessoas movimenta anualmente 32 bilhões de dólares em todo o mundo, desse valor, 85% provêm da exploração sexual, tornando-se uma forma moderna de escravidão; aumento de ocorrências devido a migração de refugiados em detrimento dos atuais conflitos, por exemplo. Nesse prisma, convém citar Gabriel, o pensador, cantor e compositor: "muda, que quando a gente muda, o mundo muda com a gente". Eis o lamentável flagelo a que está sujeita a sociedade moderna que, embora disponha de elevado grau de conhecimento, comporta-se de maneira irresponsável por manter-se apática perante um crime parasita que se alimenta da vulnerabilidade, prospera em tempos de incerteza e lucra com a inação.     Diante dos fatos expostos, medidas devem ser tomadas a fim de combater esse tipo de contrabando. Para isso, o Estado deve enquadrar os criminosos de acordo com a lei, evitando que voltem a cometer outros crimes. Ainda o mesmo Estado deve disponibilizar ajuda psicológica as vítimas para superação dos traumas. Além disso, a comunidade civil deve se mobilizar por meio de passeatas e manifestações em locais públicos, com o objetivo de modificar a perpetuação dessa realidade. Essas mesmas pessoas podem utilizar as redes sociais ou a mídia televisiva de forma a pressionar o Estado por segurança para que de fato um dia a nação seja desenvolvida.