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Enviada em: 12/03/2018

Diante das grandes temáticas que assolam o século XXI, a questão do combate ao tráfico de pessoas tomou proporções ostensivas, consolidou-se e permaneceu forte. Um breve olhar sobre a realidade do país evidencia que o número de pessoas, sobretudo mulheres e crianças, que são traficadas crescem cada vez mais. Com isso, surge a problemática dos desafios para combater esse tipo de crime que persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja por fragilidade constitucional, seja com vulnerabilidade das vítimas.        É indubitável que a gestão pública e suas aplicações esteja dentre as causas do problema. De acordo com Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, a plenitude seja alcançada na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que os casos de tráfico de pessoas rompe essa harmonia, haja vista que, embora a lei Áurea, assinada em 1888, represente o fim do direito da propriedade de uma pessoa sobre outra, ainda há brechas, por parte do executivo, em identificar os casos em que, sobretudo mulheres e crianças, são usadas, de forma lucrativa, como objeto sexual. Desse modo, evidencia-se a importância do reforço da prática de regulamentação como forma de combate a problemática.        Outrossim, destaca-se a vulnerabilidade dos traficados como outro forte impulsionador do problema. Na novela “Salve Jorge”, jovens da periferia são atraídas pelos traficantes que as seduz com promessas de empregos, muito bem pagos, no exterior. Fora da trama, embora o Protocolo de Palermo – instrumento legal internacional que trata os tráficos de pessoas – proponha uma certa segurança em relação a essa problemática, o de tráfico de pessoas, ainda recorrente, afirma o que foi proposto pela novela, uma vez que muitos jovens, ainda são traficados, acreditando que rapidamente terão dinheiro para mudar de vida e ajudar a família, porém, nesses casos, as vítimas acabam sendo presas e escravizadas.        Entende – se portanto, que a questão do tráfico de pessoas desperta alguns problemas videntes no país. Sendo assim, cabe aos meios de comunicação, a transmissão em noticiários, de cunho apelativo e em horários nobres, sobre os casos de tráficos já registrados, além de alertar a sociedade sobre como os traficantes costumam a agir e orientar os indivíduos sobre o uso do disque 100 em caso de vítimas. Nesse sentido, a sociedade será induzida a refletir e duvidar sobre propostas de empregos com rápida ascensão social. Assim, com uma sociedade disposta e preparada a combater esse de crime, acredita-se que a vulnerabilidade dos indivíduos menos favorecidos não será um fator para o aumento de casos de tráfico. Consequentemente, esse tipo de crime será, gradativamente, minimizado no país.