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Enviada em: 10/03/2018

As grifes da escravidão    Relativo ao tráfico humano para exploração laboral, é válido salientar que está é uma prática que, infelizmente, existe fortemente no Brasil, principalmente no ramo têxtil. Em grande parte dos casos, as pessoas vêm de países pobres e os traficantes se valem desta oportunidade para enganá-los.    Como o capitalismo é um sistema econômico que visa buscar cada vez maiores lucros, cortar gastos faz parte dessa lógica. Dessa forma, quanto menos custosa for  a mão de obra, melhor para as empresas.    Sendo assim, grandes marcas de roupas ,como M. Officer e Hering, estão barateando sua produção terceirizando-a. O problema é que essas oficinas de costura as quais prestam serviço à essas empresas oferecem condições de trabalho degradantes: jornadas excessivas, remuneração pífia e muitas vezes, privação de liberdade.    Esses costureiros vem, sobretudo, da Bolívia, país de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) mais baixo da América do Sul. Em busca de melhores condições de vida eles se submetem a vir de forma ilegal para o Brasil, seduzidos por traficantes que lhes promete, ainda em sua terra natal, emprego digno e um futuro esperançoso. Entretanto, a realidade é bastante diferente da imaginada.    É necessário, portanto, que o Ministério do Trabalho e o de Justiça brasileiros, possam agir em duas frentes: primeiramente realizando um trabalho ostensivo de monitoramento nos galpões de custura, a fim de encontrar e punir cada vez mais os donos de oficinas que submetem seus funcionários a situações análogas à escravidão, em segundo lugar, devem produzir materiais e disponibilizá-los nas redes sociais, em espanhol, que apontem formas de não ser enganado em situações de tráfico humano, como por exemplo, não aceitando entrar de maneira ilegal no país e buscando referências dos locais em que se vai trabalhar. Tudo isso têm que ser feito para evitar essa situação que está se tornando frequente.