Materiais:
Enviada em: 16/03/2018

O uso de pessoas para efetuação de trabalho compulsório está presente na humanidade desde a Antiguidade, que era banal a escravidão, seja ela por dívida ou por derrota em guerra. Por volta do século XV a perspectiva mudou, os indivíduos eram escravizados entre si ou pegava-se membros da tribo rival para tal ato, principalmente na África. Partindo-se desse viés, é notório a presença do tráfico de pessoas no mundo todo, sendo um comércio ilegal bastante lucrativo para os criminosos e muito danoso à sociedade.         Mormente, o contrabando de humanos está intimamente ligado à escravidão sexual, trabalho forçado, além de ser fornecedor do mercado negro de órgãos. Assim, a novela Salve Jorge tentou retratar como acontecia e o sofrimento da vítima no decorrer do tráfico. Além disso, mostra como a jovem do Complexo do Alemão foi aliciada a aceitar a proposta de viajar para a Turquia, chegando no país ela percebe que havia sido traficada e começa sua longa jornada de exploração sexual. Nesse sentido, nota-se como as pessoas mais afetas são aquelas de baixa renda e sem nenhum tipo de informação sobre esse tipo ilícito de comércio. Desse modo, as vítimas são facilmente enganas e aceitam o convite de trabalho, pensando na oportunidade de mudança de vida.             Ademais, essa prática do mercado acaba sendo muito rentável para as redes criminosas e cada vez mais atingindo mais gente no Brasil e no mundo. Segundo informativos da ONU, o comércio de gente gera cerca de 32 bilhões de dólares por ano, além de deixar 2,5 milhões de vítimas do tráfico, conforme a Organização Internacional do Trabalho. Por conseguinte, essas pessoas acabam levando uma vida muito árdua, visto que serão extremamente exploradas e chegarão ao local de destino altamente endividadas, pois a viagem e alimentação acaba sendo cobrado e os explorados nunca conseguem pagar a dívida, tornando-se, assim, escravos. Um ato excessivamente deplorável à sociedade a qual ao invés de evoluir só faz regredir e se igualar a tempos de pensamentos retrógrados e defasados.            Diante dos fatos expostos, é imprescindível a atuação do Estado junto as Mídias para promover a divulgação publicitária sobre o tráfico de pessoas, investindo em campanhas preventivas e fomentando a denúncia por parte da população. Além disso, o Estado, na figura do Ministério do Trabalho deve cada vez mais fiscalizar e punir empresas e estabelecimentos, por meio de vigilâncias de rotina. Cabe as instituições educacionais difundir conhecimento a respeito do comércio de gente e do trabalho escravo contemporâneo em forma de combater essas violações dos direitos humanos e do artigo quinto da Constituição Federal que defende o direito de ir e vir.