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Enviada em: 30/03/2018

O tráfico de pessoas é uma prática execrável que, lamentavelmente, acomete o mundo inteiro. Dessa forma, combatê-lo é uma urgência, já que ele representa uma grave violação aos Direitos Humanos e coloca em xeque a autonomia das pessoas sobre sua própria vida. Por isso, analisar os fatores de suscetibilidade que contribuem para a perpetuação desse problema é essencial para que se busquem formas efetivas de combatê-lo.      Dentre esses fatores, pode-se citar a influência da condição social como um dos principais propulsores dessa atrocidade. Desse modo, as ínfimas perspectivas de vida à que geralmente estão submetidas as vítimas do tráfico de pessoas, faz com que elas procurem por melhores oportunidades de trabalho e caiam na lábia de aliciadores. Por outro lado, razões mais complexas como o desejo de conhecer novas culturas, casar-se com um estrangeiro, transformar o corpo e livrar-se de uma situação hostil, como a  violência doméstica, também fomentam esse tipo de ação.     Além disso, não se pode negar a interferência de fatores culturais e políticos na continuidade desse problema. Sendo assim, percebe-se que aspectos de uma cultura, como o machismo e a homofobia favorecem o tráfico de pessoas, na medida em que fragiliza a vítima. Outrossim, a carência de políticas migratórias que ofereçam suporte ao refugiado faz com que muitos, em situação alarmante, aceitem propostas imediatistas.      Portanto, de forma a coibir a expansão do tráfico de pessoas no mundo, é necessário que as políticas internacionais de combate a essa atrocidade trabalhem em conformidade com os governos e polícias locais. Para tanto, é imprescindível que os países se atentem para as suas políticas de migração, utilizando dos seus organismos para oferecer a devida assistência e proteger os refugiados que nele residem. Ademais, é preciso que a Organização Mundial da Saúde, em parceria com os governos dos países, planeje a criação de políticas de orientação e análise dos perfis das vítimas, além de ofertar atendimento psicológico às vítimas. Só assim, será possível combater esse problema e cultivar o valor da vida.