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Enviada em: 17/04/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa às condições subumanas vivenciadas pelas vítimas do tráfico de pessoas, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Nesse contexto, torna-se clara a insuficiência de verbas governamentais voltadas aos grupos de risco, bem como o cumprimento do papel social da mídia.          É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação esteja entre as causas do problema. Tal fato se reflete nos escassos investimentos governamentais em qualificação profissional e em melhor assistência as famílias carentes, medidas que tornariam à sociedade mais igualitária, pois, a maioria dos indivíduos aliciados pelo tráfico de pessoas são jovens em vulnerabilidade social, que ao não encontrarem emprego devido à sua baixa escolaridade,  migram com a falsa promessa de melhores condições de vida, e devido à falta de administração e fiscalização pública por parte de algumas gestões, isso não é firmado.      Outro ponto relevante, nessa temática, é a facilidade, cada vez maior, de abordagem desses criminosos. Segundo dados divulgados pela ONU, a maioria das vítimas são abordadas em sites como o Facebook, o qual age como uma excelente ferramenta ao dar "brechas" em seu sistema para à criação de páginas que divulgam os "serviços" desses traficantes de pessoas. Seguindo essa linha de raciocínio, Tornou-se aterradoramente claro que a nossa tecnologia ultrapassou a nossa Humanidade. Assim, o Facebook em conjunto com outros serviços de mídia poderiam alertar os seus usuários sobre os perigos da migração irregular, para com isso transpor as barreiras do combate ao tráfico de pessoas.         É evidente, portanto, que ainda há entraves para a solidificação de políticas que visem a construção de um mundo melhor. Destarte, o Governo em conjuntura com empresas privadas, devem investir na formação profissional, por meio da criação de escolas técnicas que ofereçam estágio remunerado, com o propósito de efetivar a inclusão profissional do jovem morador de uma comunidade. Ademais, as mídias sociais, devem contratar funcionários para monitorar as postagens irregulares e retirá-las de circulação. A partir disso, as redes sociais poderiam cumprir seu papel de mídia civicamente responsável, a fim de que o tecido social brasileiro se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, assim como na alegoria da Caverna de Platão.