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Enviada em: 28/04/2018

Em meados do século XX, impulsionada pelo movimento feminista, a luta pela igualdade de gênero se intensificou. Entretanto, a discrepância entre homens e mulheres ainda persiste na sociedade brasileira, tendo como suas principais causas a inferiorização do mercado de trabalho para as mulheres e a desigualdade salarial.       Primeiramente, é válido destacar que a participação feminina no mercado de trabalho ainda é inferior à masculina. Ademais, nota-se que o excesso de afazeres domésticos e a carência de serviços públicos tiram oportunidades de trabalho e renda das mulheres, visto que, os homens gastam menos da metade do tempo com os afazeres e podem se dedicar exclusivamente à carreira profissional. Uma prova disso é a pesquisa realizada em 2017 pelo IBGE, no qual o nível de ocupação nas empresas foi de 44,3% mulheres, enquanto que o de homens chegou a 61%.       Destaca-se, também, que a diferença salarial entre homens e mulheres é um dos maiores abismos que separam a sociedade contemporânea da igualdade. De acordo com a pesquisa realizada pelo Catho, no Brasil, 63,2% da população feminina possui graduação e pós-graduação, contra 55,3% da população masculina. Contudo, em média 25,5% das mulheres ganham menos que os homens. Desse modo, percebe-se que apesar de terem um nível maior de escolaridade, as mulheres continuam recebendo um salário inferior aos dos homens. À vista disso, é notório que haja uma equidade salarial entre os gêneros.        Fica claro, portanto, que a disparidade de gênero é um problema que precisa ser erradicado. Logo, faz-se necessário que o Ministério do Trabalho, responsável por criar políticas públicas, deve gerar novas fontes de emprego e renda para a classe feminina, assim como definir a política salarial, por meio de investimento público, a fim de equiparar com a classe masculina. Outrossim, o Ministério da Educação, encarregado de organizar o sistema de ensino, deve discutir acerca da igualdade de gênero, através de palestras e dinâmicas realizadas em ambientes escolares, com a intenção de conscientizar os alunos de que homens e mulheres devem ser tratados de forma igualitária em direitos e obrigações, de acordo com o artigo 5 da constituição.