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Enviada em: 17/06/2018

Até meados do século XIX, o direito de ser votado e de votar era restrito aos homens e mesmo assim era considerado universal, às mulheres porém, conquistaram essa garantia devido ao movimento de sufragistas- ação que tinha como objetivo ampliar o sufrágio às mulheres- no início do século XX. Esses fatos históricos evidenciam que a desigualdade de gênero sempre esteve presente no Brasil, por consequência de práticas machistas e excludentes no qual estão enraizadas a cultura do país. Com a falta de combate a essas atividades, muitas jovens sofrem diariamente simplesmente pelo fato de serem encaixadas em padrões que ditam como estas devem se portar e o que devem fazer, sempre sendo inferiorizadas pelos homens.   Com isso, segundo dados estatisticos da Kering Foundation, fundação que combate à violência contra às mulheres, a cada dois segundos uma garota de menos de dezoito anos é obrigada a se casar. Tais informações mostram como as mulheres, na maioria das vezes, são vistas como objetos e, além disso, como os interesses e desejos dessas são ignoradas. Isto é, uma vez que são forçadas a se casem, geralmente com homens mais velhos, deixam a juventude e infância para trás e passam a exercerem tarefas ditas femininas, como cuidar da casa e da alimentação.   A exemplo, tem se o caso de Maria Lúcia Braga da cidade Uruburetama que viveu parte dos 36 anos em cativeiro. Esta foi mantida em cárcere por 16 anos pelo próprio irmão, pois Maria teve um filho ainda solteira e, devido a insatisfação desse com descumprimento dos padrões estabelecidos, de que uma menina deve engravidar somente depois do casamento, a aprisionou em um quarto sem luz solar e com condições precárias. Segundo a vice líder do Observatório da violência contra a mulher, Socorro Osterme, o caso se enquadra na cultura machista em que essa não pode desfrutar do próprio corpo tomar decisões por si só.   Portanto, dado que a questão da igualdade de gênero ainda deve ser trabalhada na sociedade brasileira e que as mulheres são diariamente colocadas em posições inferiores aos homens, é de suma importância que o Governo Estadual invista em atividades que demonstrem que, mesmo havendo diferenças entre homens e mulheres nenhuma delas dá a liberdade de qualquer submissão entre esses. Por meio de cartilhas educativas voltadas para o ensino fundamental e médio, o Estado deve deixar evidente que ninguém é superior a ninguém, e que os desejos de uma pessoa nunca devem ser sobrepostos ao de outra. Além disso, os professores também devem promover a interação entre os gêneros elegendo líderes de turma, mostrando que tanto uma mulher quanto um homem podem exercer tais cargos.Para que, dessa forma, desde jovens a igualdade entre os gêneros seja trabalhada.