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Enviada em: 21/06/2018

Malala Yousafzai é uma ativista paquistanesa muito importante para a história dos direitos femininos. Sua luta para que jovens garotas tenham acesso a educação básica ganhou grande visibilidade por todo o Ocidente, o que acabou inspirando milhares de pessoas a difundirem seus ideais feministas de igualdade. É indubitável que a desproporcionalidade de direitos entre homens e mulheres ainda permeia em escala mundial. Historicamente, a divisão de tarefas e funções baseadas no gênero sempre existiu, construindo assim, os valores patriarcais das sociedades contemporâneas.    A condição de subalternidade a qual as mulheres estão sujeitas há milênios, apenas se agrava mais com a perpetuação de uma mentalidade machista no mundo pós-moderno. Mesmo com seu direito ao voto garantido em 1932, as mulheres que representam cerca de 52% do eleitorado no Brasil, ainda possuem uma participação mínima na política brasileira, diferentemente da presença masculina que é majoritária nesse aspecto. Não obstante disso, é preciso ressaltar o absentismo da figura feminina nos postos de trabalhos atuais, as mulheres que formam 51% da população brasileira ocupam apenas 43,8% dos cargos disponíveis. A desigualdade entre os direitos de ambos os gênero é cada vez maior.    A discrepância entre os direitos de homens e mulheres também é presente nos aspectos morais e culturais da sociedade. Segundo Simone de Beauvoir, "O homem é definido como ser humano e a mulher, como fêmea", sob o mesmo viés é possível perceber a diferença no modo de como as pessoas tratam as relações interpessoais de um homem e de uma mulher. A figura masculina, caso se relacione muito, sempre é bem visto pela sociedade como um todo, tendo seu ego e virilidade elevados. Enquanto a mulher sempre é julgada e mal vista, o que mais uma vez ressalta o cenário desigual e machista ao qual a sociedade está inserida.    Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério da Educação precisa incentivar palestras nas escolas direcionadas por sociólogos e especialistas sobre feminismo e temáticas de gênero. Também é preciso que o poder público em parceria com os meios de comunicação em massa promovam um maior incentivo a participação feminina na política através de propagandas eleitorais que retratam mulheres em altos cargos do poderio, para que assim, os ideais de igualdade sejam cada vez mais difundidos.