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Enviada em: 08/07/2018

"É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito." Albert Einstein, já em sua época, parecia prever uma informação importante: a dificuldade em aceitar as diferenças alheias. Na atual conjuntura, esse fenômeno não é diferente, representando um desafio a ser enfrentado, de forma mais organizada, na sociedade brasileira, uma vez que está diretamente relacionado aos desafios para se garantir a igualdade de gênero. Dessa forma, é necessário avaliar as causas desses obstáculos, que prejudica as relações sociais, para assim, combatê-lo.      De início, cabe salientar que o pensamento machista transmitido de geração a geração fortalece, ainda mais, a desigualdade entre os sexos. Segundo Émile Durkheim, o fato social refere-se a formas de agir, pensar e sentir, que se generalizam, ou seja estão presente em todos os membros de uma comunidade. Observa-se, que o machismo pode ser encaixado na teoria do sociólogo, uma vez que se uma criança vive em um família, que constantemente menospreza, desqualifica ou discrimina a condição da mulher. Por conseguinte, esse indivíduo tende a reproduzi-lo por causa da convivência, do exemplo familiar e por ter tornado-se uma ação natural no seu cotidiano. Logo, a criação dos indivíduos está, diretamente, relacionada ao enraizamento da desigualdade de gêneros.     É notório, ainda, que a desproporcional presença feminina na política favoreça a persistência da distinção entre os sexos. De acordo com o jornal online G1, no Congresso Nacional, as mulheres ocupam apenas 10% das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados e 15% das 81 vagas do Senado. Isto posto, a falta de representação feminina no Legislativo, prejudica projetos e temas fundamentais para garantir os direitos das mulheres - por exemplo, a equivalência salarial e oportunidade laboral - e a igualdade de gênero. Ademais, o desrespeito à isonomia entre os sexos contraria a Constituição de 1988, a qual afirma que todos são iguais perante a lei e tem direito à igualdade, sem distinção de qualquer natureza. Logo, a desigualdade social, política e econômica entre os sexos torna-se, infelizmente, crescente.     Fica claro, portanto, que a igualdade de gênero ainda requer ações mais efetivas, para ser, de fato, efetivada. Nesse sentido, o Governo Federal deve implementar projetos públicos para combater a desigualdade, por meio do poder Legislativo, com a promulgação de mais ações afirmativas nesse âmbito, com a obrigatoriedade de apoio partidário efetivo e disponibilização de recursos financeiros (fundo partidário) consistentes, além de ações laborais nos serviços públicos e iniciativa privada. Espera-se, com isso, tornar o Brasil, um país mais igualitário, valorizando a presença feminina. Assim, suplantando a perspectiva de Albert Einstein, será possível desintegrar, também, preconceitos.