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Enviada em: 04/08/2018

No Brasil, as mulheres não possuiam participação política até metade do século XX quando, em 1953, no governo Vargas, foi instaurado o voto feminino. Atualmente, entretanto, é paradoxal que apesar dos direitos de isonomia, garantidos pela Constituição de 1988, a desigualdade de gênero seja uma problemática comtemporânea. Nesse contexto, é necessário discutir as causas e consequências que impedem a igualdade de gênero do século XXI.       Em primeiro plano, é importante destacar a causa machista como um fator gerador do problema. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir de pensar dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que o sistema de pensamento machista, que predomina na sociedade, influencia para a superioridade e os privilégios masculinos instaurados, principalmente, no mercado de trabalho. Dados da Agência Brasil mostram que em 2012, o rendimento das mulheres era equivalente a 73% do rendimento dos homens.       Aliado a esses fatores, estão os crimes praticados em decorrência da condição de mulher. Durante a ditadura militar, houve a mutilação da genital feminina. Nos dias de hoje, entretanto, ações como essas não ocorrem. Porém, muitas mulheres ainda são violentadas e discriminadas devido ao seu sexo. De acordo com o Instituto Avante Brasil, uma mulher morre a cada uma hora no Brasil. Esses hominicídios são consequências do agravamento das desigualdades de gênero no qual as mulheres são violentadas, estupradas e menosprezadas.       Faz-se premente, portanto, medidas para reverter essa situação. A mídia, aliada às instituições escolares devem trabalhar na disseminação de campanhas educativas e de cunho social, por meio de uma alteração na Lei de Diretrizes e Bases Curriculares Nacionais, a fim de introduzir debates sobre formas de garantir a igualdade de gênero e acabar com atos machistas. Além disso, o governo deve aumentar o número de delegacias acessíveis por meio da instauração de delegacias das mulheres nas áreas de menor acesso e com mais casos de violência, para que as mulheres denunciem crimes decorrentes da superioridade masculina. Dessa forma, as leis garantidas pela Constituição de 1988 serão asseguradas.