Materiais:
Enviada em: 05/08/2018

TEMA: DESIGUALDADE SALARIAL DE GÊNEROS       Na mitologia grega, Sísifo foi condenado por Zeus a rolar uma enorme pedra morro acima diariamente. Todos os dias Sísifo alcançava o topo do rochedo, contudo, era vencido pela exaustão e a pedra retornava à base. Hodiernamente, esse mito assemelha-se a luta da mulher no âmbito profissional, visto que, apesar de alguns avanços, a igualdade salarial bem como o respeito profissional são conquistas que estão longe de serem alcançadas. Dessa forma, é necessário debater os motivos e as consequências dessa desigualdade salarial.         Em uma primeira análise, é importante ressaltar que o pensamento patriarcal e conservador de que a mulher serve para cuidar dos filhos e da casa ainda é comum na sociedade brasileira. Em defesa dessa assertiva, cabe citar a ex-presidenta Dilma Rousseff, que quando chegou ao poder foi questionada por uma parcela da população que não acreditava no potencial da mulher como no dos homens. Essa discriminação quanto à capacidade, por exemplo, é uma explicação para que exista a desigualdade salarial, pois as pessoas acreditam numa educação diferenciada recebida por homens e mulheres, levando, assim, a um gênero se sobressair sobre outro.       Além do mais, a baixa representatividade - em todos os campos - mas principalmente nas federações esportivas levam as atletas a obstáculos financeiros. Um exemplo disso é que na Copa do Mundo de 2018 um debate assolou as redes sociais. O jogador Neymar e a jogadora Marta, ambos eleitos a melhores jogadores do mundo, tinham salários absurdamente diferentes. Entretanto, a batalha e a força de vontade para chegar em competições de alto nível é o mesmo para os dois. Isso acontece porque, a falta de investimento, divulgação e confiança no público feminino é bem menor e a mentalidade de que "esporte é coisa de homem" é recorrente na sociedade.      Diante da situação exposta, medidas devem ser tomadas para reverter esse problema. Primeiramente, aos órgãos midiáticos, aliado ao Ministério da Educação, devem trazer esse tema nas redes sociais, novelas e filmes para que a população reflita e debata sobre essa desigualdade salarial, visando uma não aceitação do público feminino a esse processo e incentivando a busca pela igualdade. Ademais, ao Ministério do Esporte, cabe a divulgação e investimento do público feminino nos esportes, a fim de que a capacidade das mulheres seja valorizada e que o pensamento preconceituoso acabe, bem como a desigualdade. Com essas medidas, futuramente, os "Sísifos brasileiros" conseguirão vencer o desafio proposto por Zeus.