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Enviada em: 07/08/2018

No limiar do séc. XXI, a desigualdade de gêneros é um dos principais problemas que o Brasil foi convidado a administrar, combater e resolver. Por um lado, a igualdade política, econômica e social entre os sexos é velada por um pensamento de inferioridade e submissão feminina. Por outro, o país defende direitos iguais à todos perante a lei. Nesse contexto deve-se analisar como a herança histórico-cultural e a negligência na aplicação das leis prejudicam a problemática em questão.          O machismo não decorre de uma data específica e não é invenção moderna. Acompanha as culturas das quais somos herdeiros a milênios. Pode ser encontrado em praticamente todos os tempos históricos. Em vezes, é mais explicito, como o caso da Idade Média, onde mulheres eram reservadas exclusivamente a submissão e em outras encoberto mas, mesmo assim existente como a respeito do antigo Egito, no qual o cargo de faraó era reservado exclusivamente aos homens, sendo incomum casos iguais ao da egípcia Hatshepsut a qual usou de contornos masculinos para tornar-se a única rainha-faraó. A sociedade então por tender a incorporar as estruturas sociais vem naturalizando essas situações. Logo, lamentavelmente, esta ideologia de superioridade masculina persiste nos dias atuais e é desenvolvida desde a infância através de, por exemplo, canções infantis que retratam as mulheres de maneira subalternada. Por consequência disso as crianças as inferiorizam e reproduzem essa ideia ao longo da vida.           Nesse sentido, apesar da Constituição brasileira assegurar que todos são iguais perante a lei e a isonomia salarial, aquela que prevê mesmo salário para a mesma função também ser garantida por lei, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou em uma pesquisa de 2017, que elas ganham, em média 25,5% a menos que eles. Isso as impõe em sua maioria a abandonar seus cargos e enfraquece seu papel na sociedade.           Urge, portanto, que indivíduos e instituições públicas cooperem para mitigar a desigualdade de gêneros. Cabe ao MEC, investir nas escolas regulares em palestras e livros didáticos com histórias e músicas que possuam a moral igualitária dos sexos a fim de impedir o desenvolvimento e a potencialização do pensamento machista. Ademais, o Ministério do Trabalho deve disponibilizar fiscais para empresas que tratem desigual a política salarial entre homens e mulheres para que ambas recebam o mesmo. Dessa forma alçará o que está previsto no artigo 5º da Constituição Federal.