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Enviada em: 30/10/2018

O início do século XX, foi marcado pela inserção da mulher no mercado de trabalho em alguns países do mundo. Caminhando junto à tal acontecimento, deu-se início o movimento das “Sufragistas”, mulheres que demandavam por melhores condições de trabalho e, principalmente, ao direito de participação política. Um século após tal movimento social, em 2017, nos Estados Unidos, mulheres se reuniram no que ficou conhecido por “Marcha das Mulheres”, reivindicando pela garantia de seus direitos já conquistados no decorrer dos anos. Assim, pode-se verificar que a luta das mulheres é remota e, com o conservadorismo da população mundial nos dias de hoje, gera um grande desafio no que diz respeito à igualdade de gêneros, sendo necessário, pois, superar tal entrave.         Em princípio, existe a persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira, culminando, muitas vezes, em feminicídio. Visto que, a cada dois segundos, uma mulher é vítima de algum tipo de violência, segundo o Instituto Maria da Penha, não há como desviar da consequência que o país acaba por ocupar a quinta posição do mundo em morte violenta das mulheres. Apesar de existirem delegacias para mulheres e leis que deveriam ampará-las, o medo implantado pela consciência de que cultura da impunidade prevalece fortemente na sociedade, faz com que grande maioria dos casos não sejam, sequer, denunciados.               Além disso, verifica-se que a diferença salarial entre os gêneros é algo presente na sociedade, devido ao estereótipo machista em relação ao “sexo frágil”. Em uma pesquisa realizada pelo site de empregos brasileiro, Catho, essa desigualdade no país chega a superar 50%. Uma vez que, o sociólogo americano Michael Kimmel em sua palestra Ted afirma que em empresas que há igualdade de tratamento e de salário para homens e mulheres, tem-se, como consequência, o índice de felicidade das pessoas aumentando em níveis muito elevados. Então, assegurar o equilíbrio, pode garantir, também, uma melhora na qualidade de vida da população.        Logo, é inegável que a luta histórica das mulheres há de permanecer viva na sociedade contemporânea. Portanto, cabe ao Poder Judiciário fiscalizar o cumprimento das Leis do Feminicídio e Maria da Penha, em parceria com as ONGs, incentivando a denúncia de crimes de violência, por meio de campanhas mais reservadas, recolhendo depoimentos e garantindo que os casos cheguem mais rápido ao Judiciário, para que a segurança esteja em primeiro plano. Ademais, para que esse levante seja cada vez mais efetivo, as escolas devem trabalhar em conjunto às famílias, promovendo aulas que demonstrem que padrões de gêneros não são biológicos e, sim, socioculturais, ratificando, pois, o pensamento de Simone de Beauvoir, a fim de desenvolver adultos que lutem sempre pela equidade.