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Enviada em: 30/09/2018

No movimento literário naturalista que surgiu na França, entre os anos de 1880 a 1900, a mulher era mostrada como selvagem, criada unicamente para satisfazer prazeres e cooperar para a reprodução. Atualmente, 118 anos após esse movimento, percebe-se que a mulher ainda é tida como inferior ao homem em âmbitos sociais diversos, deixando a igualdade de gênero na sociedade brasileira, cada vez mais utópica. Nesse sentido deve-se analisar como a herança patriarcal e a desvalorização da mulher no mercado de trabalho, contribui para o problema e como resolvê-lo.     Primeiramente, deve-se analisar como o patriarcalismo, enraizado na sociedade brasileira, corrobora para  o impasse. Isso porque, há uma forte ideologia de gênero no país, delimitando vigorosamente o que é coisa de homem e o que é coisa de mulher. No poema "das irmãs" , escrito por Sônia De Queiroz, esta visão é apresentada no trecho: "os meus irmãos se jogando na cama, e eis-me afiançada por dote e marido", mostrando assim que ,desde cedo, há uma visão separatista presente na sociedade e assim, a inferioridade das mulheres frente aos homens é intitulada.      Ademais, deve-se observar a subvalorização do trabalho feminino no cenário brasileiro. Isso porque, embora muitas barreiras já tenham sido quebradas, como por exemplo, a integração feminina em profissões como a engenharia, que antes era tida como uma área de atuação exclusivamente masculina, mostra o avanço da sociedade em aceitar que as mulheres tem as mesmas capacidades que os homens. A isonomia salarial, por outro lado, não segue o mesmo padrão. Prova disso, são dados do site G1, que dizem que as mulheres ganham menos que os homens em todos os cargos e áreas, e que a discrepância salarial chega a 53% em alguns casos.     Fica claro, portanto, a necessidade de romper com a cultura patriarcal vigente no país. Para isso, é preciso que o Ministério Da Educação em parceria com o corpo docente de escolas oriente aos alunos, por meio de palestras e debates, a importância da igualdade de gênero para o avanço da sociedade brasileira, e que também dê mais destaque ao ensinar a influência feminina em momentos históricos. Ademais, cabe ao Estado, dar validade aos dizeres da constituição de 1988 que normatiza que homens e mulheres são iguais em direitos e deveres, nesse sentido deputados e senadores também devem criar e aprovar leis para promover a equidade salarial entre homens e mulheres no Brasil. Só assim, a igualdade de gênero poderá ser alcançada no país.