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Enviada em: 05/10/2018

"Está na hora de termos salários iguais". A frase é da atriz estadunidense Patrícia Arquette, ganhadora do Oscar 2015, aproveitando o discurso para destacar a necessidade de lutar por direitos iguais entre ambos os gêneros no século XXI. De fato, embora haja mudanças significativas no tratamento dado a um dos lados, é indispensável a criação de mais políticas e campanhas que busquem promover maior igualdade social, política e econômica entre os sexos.   A princípio, é relevante notar que nos últimos anos a mulher vem ganhando mais espaço nas facetas política e econômica. Isso porquê, através de lutas históricas foi possível adquirir conquistas imensuráveis como o direito ao voto no Brasil, estabelecido em 1932, em que possibilitou a ocupação igualitária de ambos os sexos no eleitorado. Ademais, a participação de tal gênero no mercado de trabalho tem se tornado mais expressiva com o passar dos anos, a exemplo disso, o Escritório de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos afirma que a empregabilidade feminina cresce 3% a mais que a masculina. Entretanto, apesar de tais avanços possuírem grande relevância, a equidade está longe de ser considerada ampla e generalizada.   Contudo, não é correto pensar que não há impasses na conquista de tais direitos, e isso deve-se, principalmente, ao machismo intrínseco na sociedade. Embora o sexo feminino esteja mais presente no mercado de trabalho, em pleno século XXI ainda existem disparidades salariais, visto que, no Brasil, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio revela que a mulher recebe apenas 70% do rendimento masculino, apesar de exercerem as mesmas funções. Outrossim, são vítimas de piadas cotidianas relacionadas ao trânsito, de taxações como o "sexo frágil" e até de assédio. Tudo isso origina-se da ideia de que elas são assim por natureza, refletida por Simone de Beauvoir, em seu famoso livro "O segundo sexo", em que expressa a luta pela igualdade. Logo, percebe-se a necessidade de encontrar medidas que possam promover uma equidade plena entre os gêneros.    Dessa forma, portanto, é possível ver que, como Simone de Beauvoir acreditava, apenas com a cooperação entre homens e mulheres, no sentido biológico dos termos, pode-se redefinir os papéis dos sexos. Como grande formadora de opiniões, é papel da mídia difundir o movimento e atuar em parceria com ONGs em campanhas pela igualdade. Além disso, cabe à escola, com o auxílio da família, combater o sexismo ainda em seu começo, estimulando o respeito mútuo entre as crianças. Por fim, é papel do Estado, por meio de incentivos à indústria e parceria com os meios de comunicação, reforçar que “homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações” na forma da nossa Constituição.