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Enviada em: 19/10/2018

Calípolis platônica    Platão, em seu livro "A República", proferiu que para a formação e manutenção da Calípolis, cidade ideal, ambos os gêneros deveriam deter os mesmos direitos. Porém, a sociedade brasileira, por ser machista, inferioriza as mulheres no âmbito trabalhista, e no doméstico, o pensamento patriarcal é a causa das agressões contra as mulheres. Tais fatos supracitados dificultam a igualdade de gênero no território nacional.     Nessa perspectiva, convém ressaltar que Aristóteles, refletindo o pensamento da Grécia Clássica, acreditava que as mulheres eram ineficazes do ponto de vista deliberativo, e por isso eram inferiores. Esse pensamento, embora arcaico, ainda existe no Brasil hodierno, pois segundo a Catho, o sexo feminino ocupa somente 25% dos cargos de diretor no país. Logo, esse pensamento retrógrado deve ser combatido, haja vista que segundo a escritora Mary Wollstonecraft, se a mulher compartilhar dos direitos, ela emulará as virtudes dos homens.    Ademais, o patriarcalismo, que coloca as esposas abaixo dos maridos, causa a inferiorização feminina na sociedade, e por isso, os homens se vêem como superiores; tem-se como produto disso inúmeros casos de agressões contra mulheres no âmbito doméstico. Compreende-se que embora o caso de Maria da Penha tenha motivado uma lei, deve-se rever as penas para que casos como o dela não venham a ocorrer novamente.   Portanto, diante dos fatos explanados acima, o Ministério do Desenvolvimento, por meio das mídias sociais, deve elucidar que mulheres e homens possuem as mesmas capacidades, com o fito de combater o machismo no âmbito laboral, e as diferenças salariais. Além disso, o Congresso Nacional, mediante um projeto de lei, deve tipificar a agressão contra mulheres como crime hediondo, com o objetivo de endurecer as penas, e impedir que o patriarcalismo gere novas "Marias da Penha". Assim, com essas medidas, poder-se-á propiciar a igualdade de gênero, transformando-se o território nacional na Calípolis de Platão.