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Enviada em: 20/01/2019

"No meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho". Esse trecho do poeta modernista Carlos Drummond de Andrade evidencia que, ao longo da história, a sociedade enfrenta obstáculos em seu desenvolvimento. Atualmente, mesmo após avanços tecnológicos e culturais, a desigualdade de gênero ainda persiste. No Brasil, a manutenção de valores conservadores e a dificuldade na implementação de políticas públicas no setor privado são os maiores desafios para reverter esse problema.   A priori, o patriarcalismo histórico no país ainda é reforçado dificultando na igualdade entre os sexos. Isso ocorre, porque, os privilégios são invisíveis para aqueles que o possuem. A mídia, por sua vez, contribui para que muitos homens continuem inertes  priorizá-los. Novelas, séries e filmes os mostram ocupando cargos elevados, de altos salários e elevado prestigio social, o que tende a minimizar a conscientização.   Não obstante, essas influências transpõem a trama e refletem na realidade das mulheres. Para se ter ideia, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) realizada em 2013, homens recebem atualmente 27% mais que mulheres. Essa diferença se agrava ainda mais nas empresas, pois predomina-se a falácia da meritocracia. Desse modo, o Governo ainda que tenha implementado ações afirmativas nos setor público, tem sido ineficaz nesse processo na iniciativa privada.  Torna-se evidente, que a manutenção do protagonismo masculino e das desigualdades nas empresas precisam ser superados. Para isso, o Governo Federal, deve a exemplo do que já é feito com a Fundação Amiga da Criança, incentivar a ampliação do selo de Empresas Amigas das Mulheres. Por meio dele, políticas públicas de conscientização, fiscalização, pesquisas salariais e incentivos fiscais as instituições que promovam a igualdade podem ser ampliadas. Ademais, a mídia deve divulgar essas iniciativas a fim de reduzir esse problema. Assim, aos poucos as pedras serão quebradas e caminharemos rumo à igualdade.