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Enviada em: 01/05/2019

"É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito." Albert Einstein, já em sua época, afirmava uma informação importante: a dificuldade em aceitar as diferenças alheias. Na contemporaneidade, esse fenômeno não é diferente, uma vez que está diretamente ligado à desigualdade de gênero presente na sociedade brasileira, o que representa, assim, um desafio a ser enfrentado. Dessa forma, é necessário avaliar as causas desse cenário, que prejudicam as relações sociais, para, então, combatê-las.     De início, cabe salientar que o pensamento machista, transmitido de geração a geração, fortalece a desarmonia entre os sexos. Segundo Émile Durkheim, o fato social refere-se à forma de agir, pensar e sentir, que se generalizam em todos os membros de uma comunidade. Observa-se que essa discriminação pode ser encaixada na teoria do sociólogo, visto que, se uma criança vive em uma família que constantemente menospreza e desmerece a condição da mulher. Por conseguinte, esse indivíduo tende a perpetuar esse mesmo comportamento, devido ao exemplo familiar e por ter tornado-se uma ação natural no seu cotidiano. Destarte, a educação difundida durante a criação das pessoas está, diretamente, correlacionada aos problemas para garantir a igualdade de gênero.     É notório, ainda, que a desproporcional presença feminina na política favorece a continuidade das diferenças entre homens e mulheres. De acordo com o jornal online G1, no Congresso Nacional as mulheres ocupam apenas 10% das 513 cadeiras da Câmara dos Deputados e 15% das 81 vagas do Senado. Sob essa lógica, a falta de representação expressiva feminina, no Legislativo, prejudica a aprovação de projetos e temas fundamentais, para assegurar os direitos das mulheres, como a equivalência salarial e oportunidade de trabalho. Ademais,  essa situação contraria a Constituição Federal de 1988, a qual afirma que todos são iguais perante a lei e tem direito à igualdade, sem distinção de qualquer natureza. Assim, a desigualdade social, política e econômica entre os sexos torna-se, infelizmente, crescente.     Fica claro, portanto, que a igualdade de gênero requer ações efetivas para ser uma realidade no Brasil. Nesse sentido, o Governo Federal deve investir projetos públicos contra a desigualdade, por meio do Poder Legislativo, com a promulgação de uma lei nesse âmbito, a qual garanta que pelo menos 50% dos seus parlamentares devem ser mulheres e a criação de um fundo partidário para  incentivar a entrada feminina na política, além de outras ações laborais, a fim de garantir mais mulheres nos serviços públicos e na iniciativa privada. Espera-se, com isso, tornar o país igualitário e valorizar a presença feminina. Assim, será possível não só desintegrar átomos, como preconceitos também.