Materiais:
Enviada em: 26/06/2019

Sob a perspectiva filosófica de São Tomás de Aquino, todos os indivíduos de uma sociedade democrática têm a mesma importância, além dos mesmos direitos e deveres. No entanto, percebe-se que, no Brasil, nem sempre tal ideia é cumprida, já que muitas vezes o gênero masculino é tido como superior ao feminino, principalmente no âmbito trabalhista, pois é visto, em algumas regiões, a desigualdade salarial entre os homens e mulheres desempenhando a mesma função. Dito isso, faz-se necessária discussão de alguns fatores que potencializam a problemática, em especial a influência da questão histórico-social das civilizações antigas e a ausência de planejamento político visando à igualdade dos gêneros.       Em primeira análise, é importante salientar que as mulheres correspondem a 52% da população brasileira, ainda assim a maioria dos cargos trabalhistas são ocupados por homem, segundo dados do IBGE. Dessa forma, evidencia-se a desigualdade ainda presente no século XXI, entretanto essa é vista desde as primeiras civilizações conhecidas, nas quais as mulheres eram vistas como submissas ao homem e proibidas de desempenhar qualquer atividade política, como na Grécia Antiga. Hodiernamente, o gênero feminino ascendeu significativamente, entretanto ainda sofre com os discursos pautados em ideias ultrapassadas. Dessa forma, evidencia-se a necessidade de projetos que busquem quebrar a cultura da desvalorização feminina, visando à harmonia social.       Em segunda análise, ao realizar um paralelo com países de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) elevado, nota-se que esses passaram por diversos planejamentos buscando a igualdade entres os gêneros, de modo que a representatividade social, política e trabalhistas sejam iguais. No entanto, no Brasil, não é vista tal preocupação, já que o país está na 90ª posição do ranking de igualdade entre homens e mulheres, no relatório do Fórum Econômico Mundial. Assim, percebe-se as falhas do Estado em relação à igualdade de gênero, já que para Thomas Hobbes ele é o responsável por regular as relações humanas.       Nessa perspectiva, cabe ao governo federal, somado à figura do governo estadual, o desenvolvimento de projetos sociais, os quais busquem ampliar e garantir a figura da mulher no mercado de trabalho, de modo que seja alcançada a igualdade. Além disso, é conveniente a ação conjunta de ONG's, responsáveis por suprir o déficit do Estado, de modo que seja executado , através de atividades, divulgações de trabalhos, ofertas de oportunidades, o planejamento visando à inserção e representatividade da mulher na sociedade. Assim, espera-se garantir a igualdade entre os gêneros e a ascensão social do Brasil.