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Enviada em: 15/10/2019

No época do Brasil Império era comum as mulheres ficarem em casa cuidando das tarefas domésticas e da educação dos filhos, enquanto os homens tinham livre acesso aos estudos e as universidades e muitas vezes pouca participação na criação dos filhos.  Portanto, percebe-se que nos dias de hoje muitos desses padrões ainda estão enraizados na sociedade mesmo depois de quase dois séculos. Desse modo, faz-se necessário analisar como a desigualdade de gênero se faz presente em diferentes contextos no corpo social atual.      Primeiramente, deve-se considerar que as mulheres conquistaram o direito aos estudos e seu espaço na vida profissional, mas que ainda encontram grandes obstáculos no mercado de trabalho. Estudos do IBGE mostram que as mulheres ganham salários de até 30% menos que os homens quando ambos exercem as mesmas funções. Depreendendo, desse modo, a existência de uma discriminação que considera as mulheres menos capacitadas que os homens e não valorizando o quanto elas podem contribuir economicamente na sociedade.      Ademais, vale ressaltar que existem leis questionáveis com relação ao tema da desigualdade de gêneros dentro da própria constituição brasileira. Por exemplo, na Suécia, a licença a paternidade e maternidade se confundem, tanto o pai e a mãe das crianças podem dividir os meses que vão ficar em casa e cuidar dos filhos igualmente, tendo até mais de um ano de licença. Enquanto no Brasil, os pais tem apenas cinco dias e as mulheres em torno de seis meses de licença, inferindo-se, desse modo, que grande parte da criação dos filhos são responsabilidade das mulheres, podendo até faze-las ter que escolher entre cuidar dos filhos e abrir mão de trabalhar, devido a ausência da figura paterna.       Diante do exposto, fica evidente que medidas são necessárias para amenizar as disparidades entre os cidadãos. Assim, a fim de garantir a igualdade de gênero, o Ministério da Educação juntamente com o trabalho das ONGs, devem incentivar, por meio de campanhas, os educadores e as famílias a se informarem para que possam conscientizar as crianças contra o sexismo. Ademais, o Estado deve dar incentivo, aliado aos meios de comunicação, aos empregadores para que se plasme a ideia de que homens e mulheres são iguais e equiparar os salários de ambos. Só assim será possível quebrar pensamentos errôneos construídos em outros momentos históricos.