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Enviada em: 13/04/2017

A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 5º, inciso I, reza que "homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações". Porém, esta não é a realidade da sociedade brasileira, nem mundial. Vale salientar, que o tratamento de subjugação direcionado as mulheres não é recente, vem desde a antiguidade com a adoção do modelo familiar patriarcal. Já que o patriarcalismo coloca o homem como chefe da família, tomador de decisões. Este modelo perpetuou até o século atual, onde ainda existem famílias baseadas nele, e, consequentemente, vivem uma realidade machista dentro das suas casas.   Nesse sentido, o machismo está impregnado na sociedade, por isso necessárias são as manifestações feministas, pois buscam igualdade de gênero, como a Marcha das Mulheres, ocorrida em Washington, um dia após a posse do Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, tendo em vista que durante a sua campanha, suas falas e atitudes, pregaram a superioridade do homem em relação a mulher, deixando as mulheres estadunidenses temendo um retrocesso nos seus direitos levando-as as ruas, bem como, a manifestação da atriz Patricia Arquette durante apremiação do Oscar 2016 pediu igualdade de salário. Isto demonstra que a desigualdade de gênero não é um problema exclusivo do Brasil, é mundial.      Dentro desse contexto, Simone de Beauvior faz uma colocação muita apropriada quando diz que "o opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os própios oprimidos". Desta forma, faz-se necessária a mudança na póstura de muitas mulheres, que consciente ou inconscientemente, praticam o machismo. Posto que, é um comportamento tão arraigado na sociedade que muitas vezes não percebem a existência dele em suas ações, como quando não permite seus filhos lavarem os pratos ou ajudem na limpeza da casa, porque é trabalho de mulher.       Sendo assim, existem cinco pilares fundamentais para influência da mudança de comportamento da sociedade e conseguir de fato a igualdade de gêneros, são eles: Estado, pais, escola, ONG's e mídia. O Estado, por meio de seus Ministérios da Educação, Comunicação e Justiça, precisa atuar como garantidor da igualdade de gênero e proibir o retrocesso dos direitos garantidos. Já os pais e a escola devem atuar juntos na formação das crianças para que cresçam conscientes dos direitos do próximo e, assim, combater as atitudes desiguais desde o começo para impedir que se perpetuem. Por fim, as ONG's e a mídia devem atuar em parceria para divulgação de campanhas e difusão dos ideais do movimento.