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Enviada em: 06/05/2017

Durante a Primeira Guerra Mundial, as mulheres desenvolveram um importante papel na substituição dos homens em seus postos de trabalho, devido ao deslocamento destes para os campos de batalha. No entanto, mesmo com a promoção da equidade entre os gêneros durante a Grande Guerra, ainda existem muitas restrições de responsabilidades ou tarefas destinadas a cada sexo, em pleno século XXI. Isso é perceptível tanto nas diferenças de oportunidades, quanto na falta de incentivo para erradicar os estereótipos no âmbito educacional.  Em primeiro lugar, é importante destacar os efeitos dos padrões de gênero construídos a partir do senso comum, durante a formação da sociedade. Nesse aspecto, percebe-se a hierarquização dos papéis de homens e mulheres na comunidade, os quais determinam o sexo feminino como o responsável pelos cuidados domésticos, de forma depreciativa, enquanto o masculino torna-se o provedor do lar. Por conseguinte, essa situação acarreta grande preconceito, sobretudo, no mercado de trabalho, no qual as mulheres, mesmo tendo em média mais anos de estudos, recebem até 25% a menos do salário dos homens em mesmas condições de ofício. Tal fato demonstra a disparidade para o empoderamento econômico entre os gêneros.  Além disso, a escola é essencial para o desenvolvimento do indivíduo e, consequentemente, da sociedade. Sendo assim, é muito importante que a desconstrução do preconceito seja fomentada no meio estudantil. Porém, é visível a falta de estímulo á inclusão feminina nas aulas de educação física, devido ao hábito de considerar o esporte um espaço masculino, fenômeno explicado pelo sociólogo Émile Durkheim, em que a coletividade impõe padrões a serem seguidos por cada ser humano. Assim, as mulheres são desencorajadas às práticas de exercícios físicos, desde a infância, para que não ocorra uma “masculinização” das mesmas.  Em síntese, é preciso erradicar os hábitos inseridos na sociedade, que acarretam o preconceito e a desigualdade entre mulheres e homens. Dessa forma, as ONGs, juntamente com a população, devem criar abaixo assinados online com o objetivo de pressionar o Poder Legislativo para instituir uma lei capaz de combater a diferença salarial entre os sexos. Ademais, a longo prazo, as escolas devem assumir o papel de inclusão feminina no esporte e nas demais áreas, promovendo atividades lúdicas e palestras para superar a visão que coloca qualquer tarefa como uma prática exclusiva de um determinado gênero.