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Enviada em: 10/05/2017

Durante a Primeira Guerra Mundial, as mulheres desenvolveram um importante papel na substituição dos homens em seus postos de trabalho, devido ao deslocamento destes para os campos de batalha. No entanto, mesmo com a promoção da equidade entre os gêneros durante a Grande Guerra, ainda existem muitas restrições de responsabilidades ou tarefas destinadas a cada sexo, em pleno século XXI. Isso é perceptível tanto pelas disparidades nas esferas do trabalho, quanto pela falta de incentivo para erradicar os estereótipos no âmbito educacional.  Em primeiro lugar, é importante destacar os efeitos dos padrões de gênero construídos a partir do senso comum, durante a formação da sociedade. Nesse aspecto, percebe-se a hierarquização dos papéis de homens e mulheres na comunidade, os quais determinam o sexo feminino como o responsável pelos cuidados domésticos, de forma depreciativa, enquanto o masculino é visto como provedor do lar. Por conseguinte, essa situação resulta no sexismo, que coloca a mulher em uma posição submissa, sobretudo, no mercado de trabalho, onde mesmo elas tendo em média mais anos de estudos, recebem até 25% a menos do salário dos homens em mesmas condições de ofício.  Além disso, a escola é essencial para o desenvolvimento do indivíduo e, consequentemente, da sociedade. Sendo assim, é muito importante que a desconstrução do preconceito seja fomentada no meio estudantil. Porém, é recorrente a discriminação não só nas universidades, em que muitas mulheres enfrentam constrangimentos e assédios, como também no âmbito infantil, onde as atividades são divididas de acordo com o gênero de cada criança. Tal situação pode ser ilustrada pelo estudo do sociólogo Émile Durkheim, o qual apontou os padrões impostos pela sociedade aos indivíduos como Fato social, o que dificulta o fim do preconceito e desigualdade.   Em síntese, é preciso erradicar os hábitos inseridos na sociedade, que acarretam o preconceito e a desigualdade entre mulheres e homens. Dessa forma, a Organização Internacional do Trabalho, deve desenvolver políticas que pressionem os governantes brasileiros para combater a diferença salarial entre os sexos e assegurar que tais medidas sejam aplicadas. Ademais, a longo prazo, o Ministério da Educação deve assumir o papel de inclusão e interação entre os sexos, promovendo atividades lúdicas sem impor a separação das tarefas por gênero, bem como palestras capazes de conscientizar os alunos e superar a visão que coloca qualquer prática como exclusiva de um determinado sexo.