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Enviada em: 16/09/2017

Em teoria, a igualdade de gênero é garantida pela constituição de 1988, porém na prática, o pensamento machista e conservador, advindo de séculos de patriarcalismo, ainda está fortemente estabelecido na sociedade. Logo, é perceptível a presença de tal desigualdade nos campos político, econômico e social, o que expõe o sexo feminino a diversas formas de violência e injustiça. Desse modo, fica claro que a disparidade de gênero é uma problemática, que está enraizada na sociedade e deve ser discutida e solucionada.         Em primeiro lugar, é válido destacar a manutenção dos estereótipos de gênero através dos séculos. Considerados durante muito tempo como uma determinação biológica, os papéis exercidos pelos sexos, assim como suas escolhas, eram decididos de acordo com o gênero. Desta forma, originaram-se certos padrões acentuados pelo senso comum, como o estigma do sexo frágil para as mulheres e o ideal de superioridade masculina. Tais padrões foram transformados de acordo com fatos históricos, como o advento do movimento feminista no século XX -que contribuiu com a legalização do voto feminino- e a inserção da mulher no mercado de trabalho. Contudo, apesar de tais mudanças, os estereótipos permanecem no mundo atual e geram graves consequências.        Em segundo lugar, é importante apresentar o sucesso de tal estereotipação. Parafraseando a ativista feminista Chimamanda Ngozi: a repetição de algo leva a normalidade. Logo, os constantes casos de desigualdade geram a visão naturalizada dos dados atuais. De acordo com a ONU, no Brasil, as mulheres recebem 65% do salário masculino, assim como uma mulher é morta a cada uma hora e meia. Diante disso, fica explícita a abrangência e a diversidade das consequências, o que resulta no medo, na indignação e na perda da utopia de um mundo unânime para os sexos. Contudo, vale destacar que existem movimentos contrários a essa naturalização, como o feminismo, que é um forte combatente dessa realidade e tenta realizar o objetivo de incentivo à solução dessa problemática.        Fica claro, portanto, que a desigualdade de gênero é um problema baseado nos reflexos de uma organização social excludente e que deve ser erradicada. Para isso, através da criação de aplicativos que visem a segurança por meio da denúncia anônima feminina, seguida de punição aos responsáveis, o Estado deve extinguir as diferenças salariais e a violência contra a mulher. Outrossim, a escola, em parceria com a família, deve contribuir com a quebra do senso comum, através de palestras de desmistificação aos padrões de gênero e valorização da imagem feminina. Para que assim, como foi dito por Chimamanda Ngozi, ocorra a repetição e, por conseguinte, a normalização das ações, porém, em um contexto benéfico para ambos os gêneros.  11111111111