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Enviada em: 25/09/2017

Se observadas as condições de vida das mulheres desde a escravidão, quando eram tratadas como artigo de trabalho, com sua existência significando apenas um meio para o lucro do senhor de engenho, podemos fazer um comparativo com a atual conjuntura das mulheres no Brasil, que ainda são exploradas, principalmente, as negras. É preciso muita luta para derrubar o abismo social de nosso país em relação aos dois gêneros.  Verificando dados oficiais, constata-se um grande avanço de representatividade nos casos de famílias chefiadas por mulheres. Em 2015, no Brasil, 40% dos núcleos familiares eram chefiados por brasileiras. Isso é um grande dado, se lembrarmos o passado obscuro de poucas décadas, quando o papel da mulher era, na maioria das vezes, de cuidar da casa e dos filhos. No ambiente privado ainda temos muito que mudar, só entre 5% e 10% das empresas brasileiras têm uma pessoa do gênero feminino como líder, mostram estatísticas da Organização Internacional do Trabalho. Em várias oportunidades, pessoas com menos estudo e competência são as que ocupam estes cargos. Já no âmbito público, somente uma mulher presidiu o país, e atualmente, no alto escalão federal, temos somente uma ministra.  Na esfera da mídia, o episódio da atriz Robin Wrigh, que representa a protagonista da série política “House Of Cards”, mostra a desigualdade salarial também na vida das famosas. A personagem, que alçou ao cargo de presidente do país, em muitos momentos, gerou maior popularidade para o seriado do que o próprio marido e protagonista, Frank Underwood, toda via, a artista recebe um salário 15% menor que o do ator.  Em face do exposto, tornam-se imprescindíveis legislações garantindo que cargos iguais ocupados por homens e mulheres recebam a mesma remuneração. Isso é possível através dos políticos aprovando leis que proíbam esta prática no ambiente privado. A sociedade pode ajudar cobrando seus eleitos, através da internet, em casas legislativas e organizando protestos que evidenciem os prejuízos causados pela desigualdade de gênero, como na economia, que segundo o Banco Mundial, um país pode crescer em 25% se acabar com as diferenças existentes no emprego masculino e feminino.