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Enviada em: 31/10/2017

O verso de Carlos Drummond de Andrade ''tinha uma pedra no meio do caminho'' permite uma analogia as desigualdade de gêneros no Brasil,cujos empecilhos estão associados com as diferenças salariais, o estigma do sexo frágil e o machismo ainda autêntico na sociedade. Assim, as mulheres e a comunidade LGBT ainda se deparam com barreiras na contemporaneidade para legitimarem sua igualdade social. Nesse sentido, é de suma importância analisar seus efeitos nocivos para desviar essa pedra no meio do caminho.     Segundo dados do IBGE, as mulheres ainda recebem 30% a menos do que os homens executando a mesma função. Um dado assustador, que caracteriza o lado negativo e obscuro de uma sociedade ainda que subjuga o homem como seu pilar de sustentação e a mulher cuidadora de seus filhos. Em pleno século XXl, essa característica foi reforçada com a ideia de ''American way of life'', que vende a imagem de uma mulher recatada e do lar. Nessa perspectiva, não é de se estranhar que, as mulheres ainda continuam sofrendo com a desigualdade, já que a própria sociedade retorna essas concepções e estigmas dos séculos passados.     Além disso, convém destacar que o Brasil caminha a passos longos e graduais para extinguir esse impasse. Contudo, Simone Beauvoir minimizou parte desse cenário discutindo os desafios da igualdade de gênero voltada para as grupo LGBTs, na qual retrata em sua obra ''O segundo Sexo''. Apesar de tantas atrocidades voltadas a essa comunidade, os transgêneros conquistaram o direito do nome social em suas inscrições de provas e até mesmo em matriculas de algumas faculdades, fruto de suas imensas lutas e protestos em busca de igualdade social.      Logo, como dizia Confúcio, ''Não corrigir nossos erros é o mesmo que cometer novas falhas''. Assim sendo, é importante que o Ministério do Planejamento Social, institua palestras, campanhas e espaços para discussões em escolas, aos pais e alunos, semanalmente, para discutirem a importância da igualdade de gênero no Brasil, de forma a aprimorar um olhar crítico sobre o assunto a ponto de perceberem que as raízes amargas dos séculos passados ainda se mostram presente. A mídia, por sua vez pode abordar em suas novelas e seriados de grande audiência, as desigualdades sociais voltadas ao grupo LGBT, já que a novela retrata os eventos da vida real na ficção e gera forte impacto social. Só assim, será possível desviar essa pedra no meio do caminho q assola a vida de tantos brasileiros.