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Enviada em: 15/10/2017

"A história da humanidade é a história da luta..." entre os gêneros.Adaptando a famosa frase de Karl Marx, chegamos a um dos maiores obstáculos para a construção de uma sociedade justa e igualitária: a desigualdade entre homens e mulheres.A diferença salarial, o estigma de sexo frágil, a expectativa social a qual são submetidas e o machismo do cotidiano são problemas enfrentados por milhares de mulheres ao redor do mundo.Destacando ainda, que, a população feminina não é a única a ser prejudicada: a comunidade LGBT também sofre com a estereotipação causada pela desigualdade.Esse cenário impossibilita que o famoso trecho do artigo 5° da nossa Constituição seja uma situação real, portanto, precisa ser analisado.      A priori, é válido ressaltar que, historicamente a mulher vem sendo subjugada pela cultura patriarcal. Isso porque, desde as primeiras civilizações, a maioria das sociedades fez do homem seu pilar de sustentação.Em pleno século XX, essa característica foi reforçada pelo "American way of life", que vendia a imagem da mulher perfeita como dona de casa, mãe zelosa e esposa dedicada.Sendo assim, não de se duvidar que, mesmo com os avanços do pós-guerra, mulheres continuam sendo alvos da desigualdade, cujo reflexo, no caso brasileiro pode ser percebido na diferença salarial, que , segundo dados do IBGE, era de 30% até 2014.    Ademais, não é correto pensar que não há oposição para essa característica que é inerente à sociedade contemporânea.Ainda, no século XVIII, a francesa Olympe de Gouges deu voz a luta pela igualdade, sendo mais tarde colocada em pauta por Simone de Beauvoir, com seu famoso livro "O segundo sexo", na segunda metade do século XX, e refletida nos grupos homossexuais mundo afora.Aliás, a repulsa por este segmento social, se dá principalmente devido aos atos de pecaminosidade proclamados pela Igreja, pois esta possui forte influência na esfera popular.Por conseguinte, se não houver medidas para melhoria, os efeitos no corpo social será que este se tornará ainda mais individualista e intolerante.       Destarte, podemos ver que, como Beauvoir acreditava, apenas com a cooperação entre homens e mulheres, no sentido biológico dos termos, pode-se redefinir os papéis de gênero.O Estado nesse contexto, carece de fomentar práticas públicas, tal com a inserção na grade curricular do conteúdo "Igualdade de Gêneros", por meio do engajamento pedagógico às disciplinas de História e Sociologia, afim de que seja debatido a temática do respeito ao próximo e que seja ressignificado a mentalidade arcaica no que tange a intolerância e a desigualdade.Cabe aos meios midiáticos a propagação de informação e conhecimento, acerca da igualdade, fazendo valer, assim , artigo 5° da Constituição.