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Enviada em: 27/10/2017

A desigualdade de gênero na sociedade brasileira contemporânea relaciona-se diretamente com a estrutura patriarcal existente na cultura nacional. Ademais, a concepção histórica de inferioridade feminina, tida como sexo frágil durante anos, corrobora para a manutenção de preconceitos. Todavia, o feminismo apresenta-se na atualidade como alternativa para a busca de igualdade política, econômica e social entre os sexos no Brasil.       Historicamente, o patriarcalismo da sociedade brasileira tem início no período colonial e se estende até os dias atuais, apresentando-se de formas diferentes. Dessa forma, a inserção da mulher no mercado de trabalho foi, e ainda é, dificultada por amarras à esteriótipos que menosprezam a capacidade laboral feminina, acarretando em salários menores ou atividade voltadas ao lar. Tendo como referência a frase da feminista Simone de Beauvoir, onde "Não se nasce mulher: torna-se", compreende-se que a figura feminina é resultado de uma construção social, em que a cultura machista define o seu lugar e a sua função na sociedade.       Outrossim, aspectos desiguais da constituição e da política brasileira são entraves que dificultam a busca por direitos iguais entre os sexos. Com efeito, a atual política nacional apresenta uma disparidade significativa no exercício de cargos entre homens e mulheres, sendo estas a minoria no congresso e nos projetos de lei. Além disso, apesar da lei Maria da Penha representar um avanço na garantia dos direitos das mulheres, a constituição prevê uma grande diferença nos intervalos de tempo da licença maternidade e paternidade, impondo implicitamente a tarefa às mulheres de cuidados com a prole e a dupla jornada.       Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Tendo em vista diminuir a desigualdade entre os sexos, deve o poder legislativo modificar a constituição, aumentando o tempo de licença paternidade. Aliado a isso, devem os partidos políticos incentivarem a participação feminina na política por meio campanhas com os meios de comunicação, divulgando a desigualdade existente nos salários e nos cargos do três poderes. Além disso, a escola deve promover pensamentos tolerantes nas crianças através de uma reformulação nas aulas de sociologia, incluindo aspectos desiguais da sociedade no Brasil.