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Enviada em: 27/10/2017

Para a escritora e feminista francesa Simone de Beauvoir, os padrões de gêneros não são biológicos, mas sim sociais. A conhecida frase possibilita uma reflexão a respeito da desigualdade entre homens e mulheres na sociedade atual. Nessa perspectiva, muitas mulheres são sujeitas a salários desiguais, ao machismo e, na maioria dos casos, ao estigma do sexo frágil. Em vista disso, analisar as causas é o principal caminho para combater essa desigualdade de gênero no Brasil em pleno século XXI.   Em uma primeira abordagem, nota-se uma sociedade rígida e que defende e prega os conceitos morais. Isso acontece em razão do machismo preponderante no país, o mesmo da burguesia do século XVII, em que surgiram os contos de Charles Perrault, que mostravam as fadas como ícone do poder e as mulheres terrenas como marca da submissão ao domínio masculino. Em virtude disso, o papel social da oposição homem versus mulher foi bem distribuído e determinado a cada um. Ademais, no patriarcalismo, a obediência feminina é delimitada no instante em que o homem, mediante suas vontades, impõe as regras e, mesmo com o avanço da tecnologia e do evolução das sociedades, as mulheres ainda são impedidas de direitos por conta da prerrogativa dos homens.   De acordo com o relatório da Organização das Nações Unidas, o Brasil fica em 92º lugar entre 159 países em ranking de igualdade de gênero. Isso mostra que ainda é muito grande a desigualdade de possibilidades ao empoderamento e atividade econômica. Todavia, o movimento feminista cresce a cada ano. Bom exemplo disso é a lei Maria da Penha, criada em 2006, que presume punições aos autores de violência doméstica às mulheres. Dessa forma, para alcançar a equivalência e desfazer os papéis que a sociedade machista instituiu, é necessário uma ferramenta: a união das mulheres.   Portanto, para garantir a equidade de gênero no Brasil, é preciso mudar a concepção que tem sobre as atribuições das mulheres e seu papel na sociedade. Para isso, as escolas devem se preparar recorrendo a especialistas de igualdade de gênero, com a finalidade de conscientizar as crianças e  os adolescentes contra o sexismo. Outrossim, nas famílias devem haver uma alteração de modelos, a fim de abrir mais espaço para o protagonismo dos homens com o intuito das mulheres não serem as únicas responsáveis quando os filhos ficam doentes, por exemplo. Além disso, o governo federal, ao lado das mídias televisivas e sociais e, por meio de campanhas publicitárias precisa difundir informações e conhecimentos pela igualdade de gêneros. Só assim o artigo 5º da Constituição Federal terá valor.