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Enviada em: 03/11/2017

Uma luta para todos       A desigualdade de gênero é antiga, mas tornou-se mais acirrada depois da revolução industrial. A mulher, além de suas obrigações ordinárias, passou a ter, também, que trabalhar fora, aumentando sua jornada. O primeiro sinal de equidade veio no começo do século XX quando alguns países nórdicos incluíram o voto feminino nas eleições. Foi um avanço, contudo, esse acontecimento, em termos históricos, é muito recente, afinal, um século depois, percebemos que o preconceito e os privilégios da classe masculina persistem, como, por exemplo, na questão salarial.      Qual seria então a saída para o problema da desigualdade de gênero? Se ele já existe há tantos milênios, como combatê-lo? O ponto inicial é que os homens precisam ser incluídos nessa luta, e essa proposta já tem dois desafios:- primeiro, que as feministas aceitem o engajamento masculino e parem de considerar, como algumas o fazem, que os homens sejam seus "inimigos", e, segundo, mostrar a eles, por meio de estatísticas e estudos, que, se as mulheres forem menos oprimidas, elas se sentirão mais felizes e eles também ganharão com isso.     Outra forma de combater essa desigualdade é por meio de políticas afirmativas eleitorais. O legislativo precisa criar leis que estabeleçam a cota de 50% para a participação feminina em seus cargos. Essa norma, por si só, contribuiria para que as novas regras do país tenham como critério a igualdade de gênero, tornando-o um princípio fundamental.       Em uma nação com igualdade de gênero todos ganham. Uma lei que equipare os gêneros nos cargos representativos irá ameaçar os privilégios masculinos, por isso eles precisam estar preparados e cientes que ganharão com isso. Afinal eles terão esposas, filhas, mães, colegas de serviço e vizinhas menos oprimidas e portanto mais felizes, gerando benefícios a toda sociedade.