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Enviada em: 31/10/2017

“Um mundo de igualdade não é feito de pessoas iguais, mas de pessoas com direitos iguais para serem diferentes“. A constatação de Rosana Herman há algum tempo adverte a sociedade contemporânea. Entretanto, essencial alerta continua sendo ignorado por boa parte da população brasileira. Isso é perfeitamente ilustrado na questão da desigualdade de gênero que infelizmente é naturalizada a base de uma cultura ainda muito patriarcalista no país.    Por isso, em primeiro lugar, é fundamental ressaltar que essa visão unidirecional acarreta consequências desastrosas. Como se percebe em um caso na cidade de São Paulo, aonde um garoto de 14 anos, filho de um casal homossexual veio a óbito após ser violentamente espancado nas dependências de uma escola. Os adolescentes que o agrediram são o reflexo de uma sociedade criada sobre grande intolerância e machismo, a qual insiste em acreditar que preconceito é questão de opinião.    Ademais, similarmente se destaca a questão das brasileiras, uma vez que apesar das grandes conquistas feministas a mulher no Brasil sofre com constantes desigualdades em diversos campos sociais. Há quem diga, no entanto, que essas não só já contam com total equidade social como também são privilegiadas pelo estigma de sensibilidade, visto que exato as livra, por exemplo, do alistamento obrigatório no exercito nacional. Esses parecem não compreender o tamanho machismo empregado em afirmações como essa, além de não perceberem que seu próprio fundamento legitima a concepção de um tratamento diferenciado para com a figura feminina.   Por conseguinte, para que a constatação de Rosana Herman seja devidamente entendida, cabe ao Ministério da Educação e a mídia em parceria trabalharem a questão da conscientização social. Isso através de palestras nas Instituições de Ensino que chamem a atenção dos jovens para problemas sociais como o machismo, a transfobia e mesmo a homofobia, alertando-os assim, sobre a importância do respeito e da aceitação das diferenças dos outros. Quanto aos grupos feministas e as ONGs relacionadas com os Direitos Humanos fica a missão de pressionar o poder Executivo e Judiciário para que esses passem a garantir com mais seriedade o que teoricamente já é previsto pela lei; a igualdade e equidade entre todos os cidadãos.