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Enviada em: 24/03/2018

Um novo Claro Enigma  De acordo com Oscar Wilde, escritor britânico do século XIX, " O primeiro passo é o mais importante na evolução de um homem ou nação". Dessarte, é indubitável, pois, sair da inércia e engendrar - de maneira consciente - medidas cuja asserção seja combater a desigualdade de gênero no século XXI. Em vista disso, é de suma importância uma análise concisa em relação a esse problema que vem se propagando desde tempos remotos e que está impregnado na nossa sociedade.  Em primeiro lugar, é precípuo ressaltar que, historicamente, a mulher vem sendo subjugada pela cultura patriarcal. É preciso considerar, antes de tudo, que até a Revolução Francesa, a mulher era considerar imperfeita por natureza e estava na base da hierarquia social. No entanto, é sabido que houve avanços significativos nos direitos das mulheres, mas ainda está longe do ideal. Isso porque, até os dias de hoje, a mulher sofre com o estereótipo do sexo frágil, sofrendo, muitas vezes,  preconceito ao exercer certas profissões. Prova disso, está no automobilismo e no futebol, geralmente esportes onde há uma maior atuação masculina. O problema não se resume a essa situação.  Outrossim, é imperioso considerar que a sociedade contribui com essa distinção social. Sim, desmantelar essa diferenciação perpassa por mudanças na estrutura social. Isso porque, a família, base da sociedade, contribui com essa situação, haja vista que a atribuição de tarefas que requerem mais delicadezas às meninas e mais agilidade e força aos meninos contribui com os estereótipos. A evidência disso, está na teoria de Durkheim, no qual o fato social, por ser a maneira coletiva de pensar e agir, exerce uma pressaõ coercitiva sobre o indivíduo. Seguindo essa lógica, é visível que a desigualdade de gênero se insere na teoria do sociólogo, haja vista que se uma criança fizer parte de uma família que tem comportamentos distintivos entre os sexos, tende a adotá-lo por conta da vivência em grupo.  Urge, portanto, a proeminência de um passo consciente em prol de melhorias para esse revés. Primeiramente, cabe à mídia cumprir sua função social, difundindo, por meio de novelas, filmes e propagandas publicitárias, o abismo social que existe entre os diferentes gêneros e, com isso, instituir questionamentos para que haja mudanças. Por fim, compete à escolas e às ONGs, juntas, trabalharem, mediante palestras, discussões e até projetos com as famílias, que meninos e meninas são igual em deveres e direitos, visando, com isso, instituir desde cedo o respeito mútuo entre os gêneros. Destarte, contrapondo-se ao grande escritor Carlos Drummond de Andrade, os questionamentos geram certezas, e o planejamento, com aplicação consciente, gera esperança e mudanças profundas.