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Enviada em: 26/04/2018

A cultura do estupro e suas formas de combatê-lo    O estupro é um tipo de agressão sexual realizado contra uma pessoa sem o seu consentimento. Esse ato libidinoso é praticado, infelizmente, desde que o mundo é mundo e normatizado na maioria das sociedades, inclusive a brasileira, na qual sua cultura patriarcal e machista remonta desde à época colonial.   No Brasil, dados estimam que a cada onze minutos uma mulher é estuprada. Essa informação assustadora nos confirma que esses tipos de abuso estão enraizados no nosso comportamento e cultura. Portanto, o meio em que vivemos encontra desculpas para justificá-lo, seja desde a hora em que a vítima se encontra na rua até o comprimento de sua roupa, assim reiterando o ato criminoso e o titulando como algo comum, natural e imutável.   Dessa forma, as justificativas acabam por gerar falta de empatia para com as vítimas e que têm por conseguinte o silêncio das mesmas. É importante ressaltar que a maior parte dos agressores são conhecidos da vítima, tais como tios, vizinhos, amigos e até mesmo namorados ou esposos, e não homens estranhos que espreitam em lugares escuros à noite; como a maioria pensa. Logo, a vergonha e o medo reproduzidos nestas mulheres causam a impunidade dos agressores e a falta do sentimento de justiça.   Assim, a melhor forma de combater a cultura do estupro é evitar que aconteça e não remediar depois do crime. Sendo necessário toda uma reeducação sociocultural por meio da implantação de políticas públicas como a introdução de palestras nas escolas com a finalidade da conscientização sobre consentimento, igualdade de gênero, a não naturalização do assédio, educação sexual de qualidade e o respeito ao próximo. Além de apoio por meio de psicólogos especializados para ajudar as vítimas a superarem seus traumas e a delatar seus agressores a fim de não ficarem impunes.