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Enviada em: 18/05/2018

A sociedade brasileira vive numa esquizofrênica normalidade. A mesma que, por séculos, normalizou a escravidão e o racismo, torna, atualmente, as mulheres como meros produtos a serviço dos homens. Relativo à cultura do estupro, é possível compará-la com uma reação química, na qual o Cristianismo e a ignorância são reagentes e o medo, produto.   "A mulher deve ser submissa ao homem", com essa afirmação bíblica, é possível afirmar que a religião é a grande causa para a cultura do estupro. Uma vez que, as religiões são, geralmente, a base para a "moralidade", logo quando uma contuda vil e desumana é incentivada, as consequências como : mulheres que não denunciam crimes de estupro, cantadas e abusos tornam-se frequentes.   Outrossim, o medo da denúncia é algo diretamente relacionado à moral cristã arraigada na sociedade. Já que, é afirmado em seu livro sagrado que uma mulher na qual não grite o suficiente enquanto é estuprada deve ser morta; mostrando a desumanidade e o desrespeito às mulheres por parte do cristianismo. Felizmente, a laicidade do Estado garante que o Brasil não se torne tão repudioso ao sexo feminino como os países muçulmanos. Apesar disso, o preconceito exacerbado com as vítimas, muitas vezes as culpando faz com que apenas 10% dos crimes sejam denunciados.   Dessa forma, de acordo com Habermas, " a sociedade depende de uma crítica aos seus próprios costumes". Portanto, é factível inferir que esse "nirmal' deve ser erradicado. Seria exequível, então, par parte do Ministério da Educação, seguindo o princípio de laicidade estatal, abolir o ensino religioso de escolas públicas no Brasil, substituindo por dinâmicas voltadas à igualdade e aceitação, fazendo com que, não só as mulheres, todas as minorias sociais sejam aceitas e verdadeiramente inseridas no princípio de isonomia social, criando adultos mais conscientes e, assim, pomdo fim à cultura do estupro.